A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu em 1981 o Ano Internacional da Pessoa com Deficiência, trazendo para a sociedade a importância do debate de inclusão social que os deficientes precisam ter, assim como qualquer ser humano. Desse modo, no Brasil tem sido discutida a necessidade do empreendimento educacional para a formação dos surdos e seus consequentes desafios. Nesse sentido, vale analisar aspectos relevantes acerca desse assunto. [1]
Cabe pontuar, em primeiro plano, que o sistema educacional brasileiro ainda não é preparado para incluir integralmente os surdos, [2] vide o decréscimo do seu ingresso na educação básica, segundo dados do INEP. Nesse contexto, vê-se que a infraestrutura escolar, bem como a capacitação dos professores para atender esses estudantes têm sido negligenciadas, indo, assim, em oposição aos postulados aristotélicos, os quais afirmam que a ética está diretamente ligada à busca do bem comum e da felicidade geral da sociedade. [3] Destarte, quando a educação básica não é inclusiva, o ensino superior do surdo também é subjugado, já que as universidades exigem uma boa trajetória escolar para o seu futuro ingresso.
Concomitantemente, a cultura brasileira é, em grande parte das vezes, preconceituosa. Posto isso, a sociedade ainda traz o estigma de que o surdo é inválido, confundindo a surdez com alguma enfermidade mental. Dessa forma, é possível perceber que, pela relativa precariedade da sua formação, a própria entrada desses deficientes no mercado de trabalho sofre com essa [4] esteriotipação, na medida em que os cargos de alto desempenho são ocupados, majoritariamente, por profissionais de audição normal, mesmo que a criação do Estatuto da Pessoa com Deficiência, de 2015, estabeleça a implantação de oportunidades iguais para esses cidadãos. Fica claro, portanto, a necessidade de medidas para garantir a formação educacional do surto e a sua inserção na sociedade.
Nessa perspectiva, é imprescindível que o Ministério da Educação, em parceria com as secretarias de mesmo setor, amplie e promova a capacitação e treinamento dos docentes de nível básico e superior na língua de libras, por meio de congressos e palestras que provoquem os profissionais, de modo que a formação do surdo seja garantida e priorizada. Outrossim, é essencial que o Poder Judiciário fiscalize as leis vigentes no Estatuto, por intermédio de multas e penalizações às empresas e aos órgãos contratantes que não ofereçam iguais possibilidades para que o surdo adentre no mercado de trabalho. Assim, será possível tratar com dignidade esses cidadãos, como proposto pela ONU. [5]
Competência I – Demonstrar domínio da norma culta:
Demonstra bom domínio da norma culta.
[4] Ortografia: “estereotipação”.
Competência II – Compreender a Proposta:
[1] Boa introdução ao tema!
Competência III – Selecionar e relacionar argumentos:
[2] Bom argumento, mas poderia ser ampliado apontando os dados, definindo melhor o órgão responsável pelos dados, etc.
[3] Poderia apontar, com mais ênfase, a ineficiência do Estado em garantir direitos e a inclusão.
Competência IV – Conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação:
Texto coeso e bem articulado.
Competência V – Elaborar a proposta de solução para o problema:
[5] Boas propostas.
Nota: 920
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