De acordo com o Censo da Educação Superior de 2018, o número de pessoas que se matricula em cursos de graduação nos últimos anos vem crescendo gradativamente.
A maior parte dessas entradas é feita por meio de universidades privadas (83,1% em 2018), o que faz todo sentido se pensarmos que as instituições de ensino superior são maioria no Brasil atualmente: 88,2% contra 11,8% instituições públicas no mesmo ano.
Porém, ainda assim muitas pessoas não têm acesso a uma graduação por conta dos altos custos das mensalidades nas universidades privadas.
Esse é o seu caso? Se sim, é importante ter em mente que uma possível saída é o financiamento estudantil do seu curso.
Mas, afinal, o que é isso? Como um financiamento estudantil funciona? E como conseguir um? Tire todas as suas dúvidas no artigo de hoje!
O que é o financiamento estudantil?
O financiamento estudantil é um tipo de programa que funciona como um empréstimo para te ajudar a pagar as mensalidades da faculdade.
Você assina o contrato com uma instituição, geralmente um banco, que fica responsável por pagar toda ou parte das mensalidades da universidade.
Porém, você terá que retornar esse valor para a instituição depois. Então, ao longo do curso você acumula uma dívida que pode ser paga durante ou após a conclusão da graduação, dependendo do programa estudantil escolhido por você.
Além de observar quando você irá começar a pagar o seu curso, é importante pesquisar outras questões em relação ao contrato de financiamento estudantil, como os juros que serão cobrados, se é necessário ter um fiador, como funciona a renovação do programa, etc. Assim, você evita surpresas mais para frente.
Um dos programas de financiamento estudantil mais conhecidos é o Fundo de Financiamento Estudantil (entenda como funciona o Fies), que foi criado pelo Ministério da Educação (MEC) com o objetivo de melhorar o acesso de brasileiros ao ensino superior.
Como funciona o financiamento universitário?
De modo geral, os programas de financiamento estudantil costumam funcionar da maneira como mencionamos acima: uma forma de “empréstimo” para você pagar as mensalidades da faculdade.
Porém, existem diversos tipos de programas — oferecidos pelo governo, instituições especializadas e pelas próprias universidades — e é importante que você entenda quais são as especificidades de cada um.
Neste artigo, vamos focar no Fies, o programa de financiamento estudantil governamental para cursos de graduação em instituições de ensino privada com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
Saiba como funciona o Fies
Após ser aprovado no processo seletivo do Fies, você precisará ir à Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) da Universidade para validar as suas informações. Depois, será necessário firmar o contrato com a instituição financeira da sua categoria do Fies, contando com um fiador do tipo convencional ou solidário para isso.
O percentual mínimo de financiamento do Fies é de 50%, e o percentual máximo é definido de acordo com a sua renda familiar mensal. Você pode conferir todos os critérios no próprio site do programa.
Ao longo do curso, você precisará pagar a sua parte da mensalidade diretamente para a instituição (caso não tenha sido contemplado com um percentual de 100% de financiamento). Além disso, os estudantes da categoria P-Fies devem fazer o pagamento referente aos juros do financiamento a cada trimestre.
A quitação da dívida do financiamento deve ser iniciada no mês seguinte à conclusão da graduação, e o pagamento pode ser feito por meio de boleto ou débito automático em sua conta.
Como conseguir um financiamento estudantil?
Como dissemos anteriormente, existem diferentes programas de financiamento estudantil — inclusive privados. Portanto, os requisitos para conseguir o seu financiamento dependerão muito das regras de cada programa.
Como já estamos falando sobre o Fies, vamos te explicar como conseguir o seu financiamento por ele, ok?
Como conseguir um financiamento pelo Fies?
Para participar do Fies, você precisará cumprir os seguintes critérios:
- Ter feito alguma prova do Enem a partir de 2010;
- Ter alcançado uma nota igual ou superior a 450 pontos no Exame;
- Não ter zerado a redação do Enem.
Se cumprir esses critérios, é importante que você entenda em qual categoria se encaixa, já que ela definirá se você deverá ou não arcar com juros.
As categorias são as seguintes:
- Fies: podem participar os candidatos com renda familiar mensal de até três salários mínimos por pessoa. Nessa categoria, não são cobrados juros.
- P-Fies: podem participar os candidatos com renda familiar mensal superior a três e inferior ou igual a cinco salários mínimos por pessoa. Nessa categoria, os juros são definidos pelo banco responsável pelo financiamento.
A seleção é feita a partir da pontuação no Enem. Como o número de vagas é limitado, o processo seletivo é realizado de forma bastante parecida com o do Sisu e do ProUni: há uma nota de corte que varia de acordo com a instituição de ensino e o curso.
Portanto, para conseguir o seu financiamento estudantil pelo Fies é fundamental que você também alcance uma boa pontuação no Enem. Precisa de dicas para isso? Confira o nosso artigo com dicas sobre como estudar e ser aprovado no seu curso dos sonhos!