Conseguir entrar em um curso superior é o sonho de muita gente. E é fato que esse processo fica muito mais fácil com a ajuda de uma bolsa de estudos. Afinal, ela acaba sendo muito útil na hora de financiar a trajetória do aluno e facilita toda a jornada até a formatura.
No Brasil, existem diversas maneiras de conseguir uma bolsa, seja para faculdades públicas ou privadas. Todo esse desejo de entrar numa universidade vem acompanhado de muitas perguntas e incertezas: “Como conseguir uma bolsa?” “Como funciona o processo?”.
Por essa razão, desenvolvemos um guia mostrando 3 maneiras de fazer a faculdade com desconto. Continue lendo e entenda como cada um funciona e se prepare para o mundo de desafios do curso superior. Vamos lá?
1. Bolsa de estudos do Governo Federal
A primeira maneira de garantir o desconto integral ou parcial na hora de entrar na universidade, é por meio dos modelos desenvolvidos pelo Governo Federal. Nesse caso, o Ministério da Educação (MEC) comanda os projetos e define o necessário para um aluno ter acesso ao benefício.
Existem algumas exigências dependendo do programa, mas via de regra é preciso fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ter um bom desempenho na prova. O MEC também faz uma análise detalhada da sua situação financeira.
O Governo Federal possui três programas de bolsa de estudos. Vamos conhecê-los:
ProUni
O Programa Universidade para Todos (ProUni) foi criado em 2004 com a intenção de facilitar o acesso ao ensino superior. Com ele, estudantes de baixa renda conseguem ingressar e se manter estudando em faculdades particulares, com bolsa de estudos parcial ou integral.
Ou seja, um aluno que não tem condições de pagar a mensalidade, pode recorrer ao ProUni. Claro, há critérios para conseguir tal benefício. Confira:
- Fazer o Enem e conseguir, no mínimo, 450 pontos, além de não zerar a redação;
- O aluno deve ter cursado o Ensino Médio todo em escola pública ou com bolsa integral em escola privada;
- Para bolsas integrais, deve possuir renda familiar de até um salário mínimo e meio;
- Para bolsas parciais, ter renda familiar de até três salários mínimos.
Todas as faculdades aceitam?
Apesar de ser um recurso excelente, o ProUni não contempla todas as universidades do país. Apenas algumas, certificadas pelo MEC, disponibilizam espaço para o projeto. Além disso, nem sempre uma instituição que participou de um ano está com vagas abertas para outro.
Por isso, é bom ficar atento. Todo ano o programa divulga uma lista com as bolsas disponíveis e quais universidades fazem parte do projeto naquele momento.
FIES
Outro programa do Governo é o Fundo de Financiamento Estudantil, ou simplesmente, FIES. Assim como o anterior, ele facilita a entrada de pessoas de baixa renda em universidades, mas o modelo é um pouco diferente.
Veja bem, no FIES acontece uma espécie de empréstimo. Os estudantes são aprovados e fazem a faculdade sem se preocupar com as mensalidades. Depois do fim do curso o empréstimo é “cobrado”.
A boa notícia é que o FIES dá a chance de pagamentos flexibilizados, levando em conta se a pessoa já tem renda e se está inserida no mercado de trabalho. Outra vantagem é o fato de que as taxas de juros podem chegar a zero.
Atualmente, o FIES se divide em algumas modalidades e cria uma escala de financiamento dependendo da condição familiar do candidato. Para ter acesso, é preciso:
- Ter feito alguma prova do Enem a partir de 2010;
- Na prova, ter uma nota de pelo menos 450 e não zerar a redação;
- Possuir renda bruta familiar de até 3 salários mínimos por pessoa.
Sisu
O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foca em oferecer bolsas para a universidade pública. Funciona assim: alunos que realizaram o Enem em sua edição mais recente podem pleitear uma vaga em um curso superior nas universidades federais, estaduais e municipais.
Para isso, o aluno precisa alcançar a nota de corte do curso desejado, que varia conforme cada instituição. Ao contrário dos anteriores, não é preciso comprovar renda.
Mas é bom salientar que passar no Sisu exige muita dedicação. Em cursos concorridos, a nota de corte pode ser bem alta.
2 – Bolsa de estudos por empresa conveniada
A segunda maneira de conseguir bolsa de estudos é um pouco menos comum, mas ainda bem viável dependendo da sua situação.
Atualmente, algumas empresas têm investido na carreira dos funcionários, preferindo melhorar sua qualificação a contratar novos profissionais. Logo, essa empresa cria um programa de convênio com uma faculdade, onde o colaborador pode estudar, com descontos integrais ou parciais.
Contudo, é bom verificar os critérios da parceria. Como é uma criação da iniciativa privada, cada um define a metodologia própria da bolsa.
3 – Bolsa de estudos de universidades privadas
É possível encontrar auxílio justamente dentro das instituições pagas. As universidades costumam oferecer bolsa de estudos para quem se destaca e tira boas notas no vestibular da própria instituição. Por isso, uma dica é estudar e negociar o desconto.
Ainda assim, as condições mudam conforme a faculdade. Algumas dão desconto de até 100% na mensalidade, outras de 25% a 50%, cada caso é um caso.
Como procurar boas bolsas de estudo?
Existem sites de bolsas de estudo que mostram opções em universidades importantes e renomadas. Você só precisa digitar o curso desejado, sua cidade e procurar. É possível achar descontos para cursos como Administração e Enfermagem, por exemplo.
Outra coisa: não existe só busca para cursos presenciais. Quem opta por modalidades híbridas ou a distância também acha graduações interessantes.
Quais os cursos mais concorridos para bolsas de estudo?
Deu para perceber como estudar e se dedicar no vestibular ajuda na hora de conseguir uma bolsa, não é? Também é importante saber em qual curso você tem mais chances de passar quando tentar uma bolsa.
Segundo o site Sisu 2022, as 10 maiores notas de corte para esse ano, o que significa maior concorrência, são para os seguintes cursos:
- Medicina – 797,31;
- Biomedicina – 790;
- Odontologia – 750,15;
- Direito – 740,53;
- Psicologia – 732,50;
- Engenharia Química – 731;
- Fisioterapia – 714,53;
- Engenharia Civil – 713,69;
- Ciências do Estado – 705,82;
- Gestão da Qualidade – 705,38.
Conseguiu entender como garantir uma boa bolsa de estudos? Se você escolheu um dos cursos citados e acha que não consegue fazer essa pontuação, sempre há as outras opções que citamos.
Procure a melhor para você ou aquela que atende às suas necessidades e alcance seus objetivos profissionais. E aí, conta pra gente: qual curso pretende fazer?
Este artigo foi produzido pela equipe do Vai de Bolsa.