[4]Historiadores e economistas relatam que algumas décadas anteriores à crise de 1929 foram as melhores para a economia estadunidense. O famoso “American Way of Life” (estilo de vida americano – em português) difundiu-se por todo o mundo, caracterizando o início de uma sociedade global, sobretudo, consumista. Já no Brasil do século XXI a situação não foi diferente. Seja pela influência midiática, seja pela relevância no status social[1] o consumo desnecessário ganha dimensões preocupantes haja vista suas graves consequências ambientais.[6]
[7]O padrão de consumo hodierno é uma característica recente na sociedade brasileira. Sob essa ótica, os filósofos da Escola de Frankfurt, Adorno e Horkheimer, foram os pioneiros no estudo da mídia e seu potencial de influência em massa. No século XX, segundo eles, esta foi uma grande ferramenta usada por governos autoritários para enaltecer o regime. Nessa conjuntura, em um sistema global, majoritariamente capitalista, a mídia passa a exercer sua função manipuladora para convencer a população a comprar cada vez mais e, consequentemente, perpetua os hábitos consumistas.
Além disso, alguns valores típicos da sociedade atual tornam-se contribuintes na prática do consumo. Dessa forma, o poder aquisitivo de um indivíduo é o que corresponde ao seu valor social, evidenciando essa perspectiva no ditado popular que diz: “o homem vale aquilo que tem”. Por conseguinte, o gasto com produtos supérfluos torna-se necessário para que o cidadão seja valorizado no meio social.
[5]Visto os fatores supracitados, é imperioso sobrelevar as consequências do novo “fato social” em questão. Nesse viés, é válido ressaltar que toda mercadoria, necessariamente, advém de uma matéria-prima extraída do meio ambiente. Ademais, essa, por sua vez, dará origem a uma quantidade de lixo que voltará como produto nocivo ao planeta Terra. Logo, fica evidente uma relação de proporcionalidade entre o consumo e a degradação ambiental, sendo [2]necesário a adoção de medidas de reciclagem, reutilização e redução.
[8]Com efeito, é imprescindível uma sinergia entre o Estado e a população para resolver o impasse em pauta. Em primeiro plano, cabe ao Ministério da Educação estimular o pensamento crítico na sociedade por meio de palestras nas escolas e propagandas em telejornais, evitando a entrada da população no mundo consumista sem um senso consciente pré-formado. Outrossim, o Governo Federal em parceria com as prefeituras deve incentivar a comunidade a separar o lixo e [3]entrega-lo em centrais de reciclagem por meio de um benefício em porcentagem de desconto nos impostos como IPTU. Só assim, o país tornar-se-á mais equilibrado no que tange à relação entre o homem e meio ambiente.
ANÁLISE DA REDAÇÃO DO ALUNO:
Caro estudante, você fez um ótimo texto. Fique atento às observações e procure rever vírgula, acentuação, ortografia e concordância. Sucesso! Abraço
Competência I – Demonstrar domínio da norma culta:
[1] Faltou vírgula depois de “social”.
[2] A grafia correta é “necessário”. E para concordar com “a adoção”, o correto seria “necessária”.
[3] Faltou o acento de “entregá-lo”.
Competência II – Compreender a Proposta:
Houve ampla absorção do tema, parabéns!
Competência III – Selecionar, relacionar argumentos:
[4] Ideias muito bem apresentadas.
[5] Parabéns por tecer tantas reflexões acerca do assunto e por argumentar de forma tão firme.
Competência IV – Conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação:
[6] Parabéns pela construção do parágrafo!
[7] Parabéns! Você estabelece uma ligação entre os parágrafos, e isso é muito importante.
Competência V – Elaborar a proposta de solução para o problema:
[8] Ótima proposta de intervenção.
Nota: 960
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