[1] No século XIX, o sociólogo Émile Durkheim disseminou um pensamento segundo o qual a sociedade funciona como um organismo vivo, ou seja, todos os seus componentes deveriam viver em harmonia para que fosse possível conquistar o bem-estar geral. Sob esta óptica do pensador francês, no entanto, o Brasil caminha lentamente para atingir o equilíbrio nacional, visto que alguns setores populacionais, como o dos surdos, enfrentam inúmeros desafios concernentes, por exemplo, à formação educacional, situação a qual fomenta maior empenho social e político para ser positivamente transformada.
De fato, [2] muitas pessoas com insuficiência auditiva – parcial ou total – são privadas do acesso ao ensino, o que fere o Estatuto criado em 2015 em favor dos deficientes. Tal legislação, pautada em ideais igualitários, tem como um de seus objetivos garantir a plena existência de uma educação inclusiva. Percebe-se, todavia, que esse direito civil não é ofertado por grande parcela das instituições educacionais. Em defesa dessa assertiva, convém colocar em destaque, a título de ilustração, o despreparo da maior parte dos professores em lidar com alunos surdos, os quais se comunicam por Libras, língua de sinais pouco difundida entre a população. [3]
Ademais, devem ser citados os problemas relativos ao âmbito político brasileiro. Nesse contexto, ressalta-se que, embora haja leis responsáveis por proteger os deficientes auditivos, são inexpressivas as fiscalizações no tocante ao cumprimento delas. Destarte, o desrespeito aos direitos da minoria social em questão torna-se constante, prejudicando o exercício da cidadania pelas pessoas surdas. Soma-se a essa problemática legislativa, a escassa promoção de informes elucidativos, pelos governantes em geral, acerca da importância da educação inclusiva para o progresso nacional. [4]
[5] Portanto, com o fito de superar os desafios da formação educacional de surdos no Brasil, propiciando a existência da sociedade equilibrada [6] idealizada por Émile Durkheim, compete às instituições educacionais – públicas e privadas – estimular, por meio da introdução da disciplina de Libras no currículo escolar, a aprendizagem, por todos, desse código comunicacional tão importante para a nação. Outrossim, com o mesmo objetivo, os governantes devem, por intermédio de campanhas educativas veiculadas na mídia televisiva, elucidar a população sobre a importância da educação inclusiva, incitando, por exemplo, a realização de denúncias anônimas concernentes ao descumprimento, por órgãos de ensino, da Lei. Assim, será possível alcançar uma sociedade equilibrada. [7]
Competência I – Demonstrar domínio da norma culta:
Excelente domínio da norma culta.
Competência II – Compreender a Proposta:
[1] Utiliza bem o repertório sociocultural para introduzir o tema
[3] Desenvolva um pouco mais o que quer dizer o despreparo dos professores (o desconhecimento de libras não é o único problema).
Competência III – Selecionar e relacionar argumentos:
[2] Por exemplo: qual é a porcentagem?
[6] Retoma a introdução na conclusão
[4] Comprove os argumentos por meio de exemplos verificáveis (dados, estatísticas, notícias etc.)
Competência IV – Conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação:
[5] Ao longo do texto, relaciona muito bem os parágrafos por meio de conjunções
Competência V – Elaborar a proposta de solução para o problema:
[7] Excelente proposta de solução.
Nota: 920
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