Veja exemplo de redação do vestibular da Fuvest de 2009.
Fronteiras e suas formas de segregação
A principal marca do ser humano é a sua diversidade e, por conseguinte, são numerosos os grupos de indivíduos semelhantes. Aquilo que os divide pode ser tido como fronteira, e delimita as suas zonas de influência. Nesse contexto, sejam físicas ou não, as fronteiras determinam o grau de integração de sociedades.
No aspecto físico, os limites entre Estados representam a aceitação ou o repúdio à mistura de costumes. Os países da União Europeia, por exemplo, permitem a livre circulação de pessoas, ou seja, não há impedimento à miscigenação, o que caracteriza o europeu como um povo bastante cúmplice. Há casos, porém, em que a relação entre comunidades não é tão harmoniosa, como é caso dos Estados Unidos e do México, em que a ilegalidade da travessia do segundo país para o primeiro demonstra a má relação entre americanos e mexicanos.
As fronteiras podem ainda, em um sentido mais abstrato, existir como segregadoras dentro de uma mesma sociedade. A posse de bens e capital, por exemplo, que não é a mesma para todos, cria barreiras entre certos grupos. Uma pessoa que possui carro de luxo, eletrônicos de alto padrão, que faz viagens etc. não consegue manter uma conversa duradoura com outra que não goze de tais coisas, visto que, embora passam até viverem próximas, as realidades de vida são diferentes, evidenciando, assim, a barreira que o fator financeiro pode causar.
Ficam claras, portanto, formas que fronteiras podem apresentar e o seu papel na divisão de culturas. A grande questão, entretanto, é o espírito de unidade que, apesar de se fazer presente em algumas situações, falta em outras e gera, desta forma, desigualdade.
Bons estudos!