Informações líquidas
O advento da internet, no final do século XX, e a sua popularização provocou diversas mudanças benéficas para a sociedade, como o maior acesso a conteúdos informacionais. No entanto, junto a isso eclodiu [1] alguns problemas, como as fake news, que não surgiram agora, mas ganharam maior proporção devido à abrangência do meio meio no qual são divulgadas. Nesse prisma, torna-se indispensável a discussão acerca dos fatores corroborantes a essa situação, para que seja possível compreender as consequências desse problema. [2]
A princípio, convém refletir sobre os impactos oriundos das novas práticas sociais. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Oxford em 2017, o Facebook é a principal fonte de informação dos brasileiros, evidenciando um agravante da situação, haja vista a falta de fiscalização da rede sobre as notícias publicadas e compartilhadas pelos usuários e a difícil localização do pioneiro mediante a rapidez com a qual essas propagam-se. [3] Dessa maneira, forma-se uma sociedade alienada por restringir o seu campo informacional, gerando uma massa ainda mais manipulável e suscetível a promessas utópicas, como é o caso das propagandas que veiculam a perda de peso em poucos dias, podendo causar danos à saúde do indivíduo.
Outrossim, nota-se a importância de frisar a influência dos entraves morais e éticos. O filósofo Zygmunt Bauman, ao definir a modernidade líquida, demonstrou a liquidez em todas as relações sociais, o que ocasiona a perda de valores sociais, como o respeito e a empatia. [4] Desse modo, percebe-se uma raiz perversa do problema, pois, associada ao mundo capitalista, desvia as prioridades das pessoas para o lucro, como os sites que ganham mais valor com a divulgação de notícias falsas, sendo amparados pela impunidade. Consequentemente, alguns casos findam em tragédias, como violência e até morte.
Destarte, a adoção de medidas cujo objetivo seja contornar essa realidade torna-se imprescindível. Por conseguinte, concerne às redes sociais desenvolver um algoritmo, a partir do investimento em pesquisas, capaz de detectar a veracidade da informação no momento da publicação, devendo excluí-la em casos negativos, a fim de reduzir a quantidade de fake news e assegurar a reputação do meio. Ademais, incumbe à sociedade a produção de abaixo-assinado digital, reivindicando a aprovação de leis que criminalizem essa prática, com o fito de barrar o precursor de todo o caos. Assim, notar-se-á uma população desfrutando de referências sólidas e tornando-se mais crítica. [5][6]
Avaliação por competência:
Competência I – Demonstrar domínio da norma culta:
[1] Concordância: eclodiram
Competência II – Compreender a Proposta:
[2] Bom começo de discussão
[4] Muito bem, citou uma personalidade relevante.
Competência III – Selecionar e relacionar argumentos:
[3] Boa seleção de informações e dados.
Competência IV – Conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação:
[5] Articulou bem as ideias no texto.
Competência V – Elaborar a proposta de solução para o problema:
[6] Boas propostas. Completas e detalhadas.
Nota: 960
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