Veja exemplo de redação do tema: Reformas do sistema previdenciário brasileiro.
A previdência social no Brasil deu seus primeiros passos por meio do presidente Getúlio Vargas, que durante a década de 1930 regularizou o benefício. Diante disso, o direito à aposentadoria tornou-se fundamental para os brasileiros em busca de uma vida estável. No entanto, nos dias atuais a garantia ao benefício para os cidadãos está comprometida. Isso se evidencia não só pelo saldo negativo de contribuintes, mas também pela ausência de políticas eficazes para solucionar o impasse.
Apesar de a maioria dos trabalhadores contribuírem para a previdência, esse número mostra-se insuficiente. Segundo o Ministério do Trabalho, o déficit, que é o número de pessoas que recebem o benefício comparado aos que contribuem, triplicou em quatro anos e isso gera uma dívida de 15 bilhões de reais. Nesse contexto, isso mostra a necessidade da reforma, que se não for realizada irá comprometer a vida de muitas famílias e, principalmente, de idosos. Assim sendo, os idosos, devido possuírem uma saúde mais frágil, estão sujeitos a maiores gastos com remédios e exames, que nem sempre podem ser feitos no Sistema Único de Saúde (SUS), fazendo com que muitos continuem trabalhando mesmo sem ter condições, caso o benefício não seja garantido.
Outrossim, a falta de fiscalização por parte do governo contribui para a permanência do problema. Nesse sentido, de acordo com o filósofo Michel Foucault todas as relações humanas são permeadas por relações de poder. Baseado nisso, o Estado não possui uma investigação contínua com o objetivo de combater a sonegação para a previdência, que se dá por meio de contratação de funcionário sem carteira assinada, o que gera baixo custo para o empresário pela ausência da obrigação do pagamento de encargos. Por consequência, além dos fundos não pagos prejudicarem o INSS, o trabalhador ficará sem benefícios, entre eles o direito à aposentadoria.
Pode-se perceber, portanto, que o déficit previdenciário aliado à falta de medidas do poder público contribuem para a manutenção do problema. Para solucionar o impasse, é necessário que o Ministério do Trabalho e Previdência realize um estudo sobre as regiões do país, determinando individualmente o limite de idade para aposentadoria de acordo com o fator social e condições de saúde dos cidadãos, de maneira a evitar injustiças. Além disso, que o mesmo Ministério, com o apoio da Polícia Federal investigue e crie um ouvidoria online, de modo que sejam feitas denúncias de emprego informal sem carteira assinada, com o objetivo de que a sonegação diminua e a arrecadação aumente, diminuindo o tempo de contribuição dos cidadãos. Assim, a famosa frase de Aristóteles: “O importante não é viver, mas viver bem” fará sentido aos brasileiros.