[2]Ao analisar o tema referente aos discursos xenofóbicos, vê-se que ele não é um problema atual. A xenofobia é uma das formas de preconceito mais antigas que se faz presente nos dias atuais. Além disso, [3]apesar de ser considerada como crime no Brasil, os casos de agressão resultante de atitudes xenofóbicas aumentaram de forma alarmante.
Historicamente, durante a Segunda Guerra Mundial, uma das maiores demonstrações xenofóbicas ocorreu com a ascensão do Nazismo, uma vez que o ódio e a aversão disseminada pelos alemães a grupos como, por exemplo, judeus e homossexuais, foram a causa da morte de milhares de pessoas na época. [4]Contemporaneamente, tal contexto de intolerância ainda persiste na sociedade, [6]onde imigrantes são os mais afetados.
[4]Sendo assim, tornou-se comum pessoas [5]xenofóbicas criarem e disseminarem ideias com o intuito de denegrir determinados grupos como, por exemplo: “todo mulçumano é terrorista” ou “pessoas negras não pensam”. Nesse sentido, a xenofobia decorre não do medo, mas da falta de informação e do preconceito com as diferenças.
No que tange à questão jurídica, apesar da xenofobia ser considerada um crime no Brasil, a impunidade da maioria dos casos levou a um aumento considerável desse tipo de crime, haja vista que, conforme pesquisas realizadas pela Carta Capital, houve um acréscimo de 288 casos de 2014 a 2015. Fato que chama a atenção das autoridades e da Secretaria dos Direitos Humanos.
[7]Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Segundo a filósofa Hellen Keller: “O resultado mais sublime da educação é a tolerância.” Dessa forma, o Ministério da Educação, junto com professores e psicólogos, poderia realizar palestras nas escolas, para os alunos, a fim de descontruir preconceitos existente contra as culturas diferentes e ressaltar a tolerância aos grupos mais atingidos como imigrantes e negros, por exemplo. Posteriormente, o Governo Federal, junto com os meios de comunicação, deveria criar propagandas para a população em geral com o objetivo de diminuir os casos de preconceito e xenofobia. Por fim, o Ministério da Justiça deveria julgar os casos desse tipo de crime com mais eficiência, além de aplicar sanções mais severas para, dessa forma, minimizar o número de agressões geradas por tal contexto. Talvez assim, o Brasil possa ter uma sociedade em que o respeito e a tolerância [1]seja uma realidade presente.
ANÁLISE DA REDAÇÃO DO ALUNO:
Um texto excelente, apesar de pontuais problemas na organização dos argumentos.
Competência I – Demonstrar domínio da norma culta:
[1]Concordância verbal é aquela em que o núcleo verbal se relaciona com o (s) núcleo (s) do sujeito, geralmente expresso (s) por substantivo, pronome ou qualquer outra palavra substantivada.
Competência II – Compreender a Proposta:
[2]A introdução e a exposição inicial têm por objetivo conquistar a confiança dos ouvintes ou leitores e apresentar o assunto de que se vai falar. A sua contêm a tese e os fatos relevantes a ela.
[3]O texto dissertativo-argumentativo desenvolve-se ao redor de uma tese principal, ou seja, de uma ideia que será defendida e, em geral, é expressa no início do texto. E, no caso do ENEM, o ponto de vista defendido deve evidentemente estar relacionado ao tema proposto. Como formular uma tese? Seguindo as seguintes diretrizes: a) fazer com que ela seja facilmente identificada; b) expressá-la por meio de uma oração; c) expô-la da forma mais concisa possível.
Competência III – Selecionar, relacionar argumentos:
[4]É necessário elencar informações, fatos, opiniões e argumentos para defender a tese principal. Esse conjunto de elementos deve ser devidamente interpretado, isto é, deve ser contextualizado em relação ao tema e ao ponto de vista defendido, sob o risco de se revelar aleatório caso não haja contextualização.
Competência IV – Conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação:
[5]Coesão textual é a ligação entre as partes do texto por meio de determinados elementos linguísticos. Com ela, fica mais fácil ler e compreender um texto. Você repete muito as palavras, tente utilizar mais sinônimos.
[6]Use “onde” apenas com referência a lugar: ex. Aquela é a cidade onde o presidente nasceu. Foram à Itália, onde visitaram muitas cidades históricas. Não use com ideia de tempo, causa, motivo, dedução: ex. O Brasil vive um período onde…
Competência V – Elaborar a proposta de solução para o problema:
[7]Uma proposta de intervenção completa está relacionada ao tema, articulada com a discussão desenvolvida e responde às perguntas: “Como isso pode ser feito?” (formas de intervenção); “Quem poderia fazê-lo?” (atores envolvidos nos vários níveis de ação: individual, familiar, comunitária, social, política, governamental, mundial); “Que finalidades estariam implicadas na proposta?” (para quê?).
Nota: 920