No livro “Cem anos de solidão” [1] do escritor Gabriel Garcia Marques, é retratada a a personagem Remedios [1] que se casa com Aureliano ainda muito jovem, poucos momentos após a primeira menstruação, [2] e ela morre após o casamento, devido a uma gravidez de risco. Fora da literatura, o Instituto de Pesquisa e Estatística Aplicada, IPEA, revela que uma em cada cinco crianças possui mãe com idade entre 10 e 19 anos, o que demonstra quão altas são as taxas de adolescentes que, assim como Remedios, correm riscos por causa de gestações precoces. Por isso, faz-se necessário analisar o contexto familiar, no que tange a educação ofertada, e, também, o entrave histórico cultural [3] que coíbe a discussão sobre sexualidade, fatores que contribuem para as altas taxas de gravidez.
A princípio, é preciso entender que com o advento da indústria e a modificação social que ela trouxe, as famílias perdem parte do tempo que antes era destinado ao núcleo familiar. E sendo essa instituição a responsável pela educação moral, danos serão causados a longo prazo, no modo como é estruturada a sociedade, o que pode resultar no aumento do número de gestações na adolescência. Isso se dá devido à constante terceirização da educação dos filhos, que é falha quanto à transmissão de valores, não ensina que a vida sexual exige responsabilidades, e que a falta destas traz prejuízos, o que, por consequência, resulta em um maior número de jovens que adquirem conhecimento sobre o sexo na prática, expondo-se a DSTs e à gravidez precoce.
Ademais, a influência histórica que a igreja tem sobre a sociedade, inclusive, [4] no modo como é visto o tema sexo, faz com que o assunto seja pouco debatido na esfera social. Isso acaba retendo informações que deveriam ser compartilhadas com os adolescentes, que têm iniciado cada vez mais cedo a vida sexual e que são vítimas da própria ignorância. Isso decorre de que quando há iniciativas de promover a educação sexual em escolas, justamente por considerar que a família não tem feito o seu papel nessa área, como já discutido, os educadores são alvos de sanções sociais e de órgãos administrativos que não respeitam a laicidade do Estado. E sendo o homem fruto da educação, como o princípio Kantiano afirma, o não investimento em instrução sexual só pode resultar no constante aumento do número de adolescentes grávidas.
Torna-se evidente, portanto, que é por meio da educação que a gravidez precoce será combatida, por isso, cabe ao MEC a promoção de palestras com especialistas em sexualidade juvenil, em escolas de nível médio e de debates que incluem e instruem a família sobre a importância da responsabilidade sexual, para que assim os conhecimentos necessários para um possível início da vida sexual sejam ofertadas aos jovens e o tabu social sobre sexualidade possa ser quebrado. Além disso, o Ministério da Saúde deve realizar campanhas de de divulgação dos métodos anticonceptivos que são ofertados nas redes públicas de saúde e, também, abrir um canal [1] por meio da internet [1] que informe aos jovens sobre a prevenção de DSTs e sobre o uso correto de camisinha e anticoncepcionais, para que qualquer dúvida relacionada à vida sexual possa ser sanada e os adolescentes estejam conscientizados e aptos para essa fase.
Avaliação por competência:
Competência I – Demonstrar domínio da norma culta:
[1] Faltou vírgula.
[3] Faltou hífen: histórico-cultural.
[4] Tira a vírgula.
Competência II – Compreender a Proposta:
Boa compreensão do tema em pauta.
Competência III – Selecionar e relacionar argumentos:
Parágrafos bem elaborados e boa abordagem do tema.
Competência IV – Conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação:
[2] Melhorar essa construção.
Competência V – Elaborar a proposta de solução para o problema:
Boas propostas de intervenção para o problema apresentado.
Nota: 920
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