Filmada entre 2005 e 2009, a série de televisão estadunidense Todo Mundo Odeia o Chris (originalmente Everybody Hates Chris) conquistou fãs em vários países e ganhou inúmeros prêmios da crítica ao longo dos 4 anos de exibição. Mesmo tendo caráter cômico e satírico, o programa também promoveu reflexões ao retratar muitos temas sociais, sendo, assim, uma adequada referência na sua redação.
Veja abaixo alguns assuntos discutidos por Todo Mundo Odeia o Chris:
Racismo
Chris, o personagem principal, é negro, assim como sua família, formada por seus pais, Julius e Rochelle, e seus irmãos, Drew e Tonya. Frequentemente, eles sofrem racismo – tanto velado, quanto explícito – em lojas, restaurantes, cinemas e no transporte público, por exemplo.
Pessoas em situação de rua
Um dos personagens, o “Golpe Baixo” (originalmente, “Kill Moves”), é morador de rua, por ter perdido o emprego no corte de gastos promovido pelo governo dos Estados Unidos. É marginalizado na sociedade, porém, conseguiu fazer amigos, como o pessoal da barbearia onde Chris frequenta.
Bullying
Durante alguns anos do Ensino Fundamental, Chris foi o único aluno negro na escola em que estudava, o que intensificou sua situação de minoria social. Além disso, diariamente, ele sofria bullying dos colegas – e até mesmo de professores. O principal bullie de Chris era Caruso, que quase sempre o insultava e o agredia. Um dos únicos estudantes que não destratava Chris era seu melhor amigo, Greg.
Desigualdade social
Em muitos episódios são mostrados fortes contrastes sociais: pessoas mais ricas possuem privilégios na sociedade, enquanto as mais pobres não têm tantas oportunidades.
Abuso de poder e racismo da polícia
Chris mora no bairro Brooklyn, onde o índice de criminalidade é alto. Porém, a polícia de Nova York não contribui para mudar essa estatística, pelo contrário: destratava e prendia pessoas negras, até mesmo sem provas. No vídeo abaixo, o racismo policial é criticado de forma explícita – e, claro, satirizada:
A série deixou saudades, mas as discussões trazidas por ela permanecem importantes, não é? Boa reflexão – e produção 🙂