Discutir o aborto é um desafio ligado a questões morais, éticas e sociais. É um tema polêmico e implica o debate sobre direitos, liberdades e responsabilidades. Pensando nisso, elaboramos este post, afinal, queremos prepará-lo para argumentar consistentemente qualquer tema no Enem. Portanto, confira: tema sobre o aborto, saiba discutir!
Por que o tema está em pauta?
Tem-se questionado, cada vez mais, a respeito das liberdades individuais, principalmente das mulheres, graças aos movimentos feministas em expansiva ascensão em nosso contexto atual. Por isso, o aborto vem sendo pauta das discussões, devido a, principalmente, sua relação grave com a questão da saúde das mulheres que, muitas vezes, se submetem a procedimentos clandestinos por não haver legalidade no ato. Princípios religiosos são um dos tópicos muito relacionados ao tema em debate.
Em uma redação, você poderá posicionar-se contra ou a favor da legalidade do ato, sustentando de forma bem fundamentada o porquê.
Muitos tópicos são relevantes de serem suscitados sobre o assunto, mas dois deles bastante importantes para problematização do assunto são:
- O aborto é uma questão de saúde pública. Milhares de mulheres morrem anual ao se submeterem ao aborto em clínicas ilegais em todo o país. A não legalização promove a continuidade de atos clandestinos que levam muitas mulheres à morte. Além disso, a proibição vai contra as recomendações internacionais. A OMS (Organização Mundial da Saúde) ela não reduz o número de abortos, pelo contrário, aumenta procedimentos ilegais e inseguros.
- É importante atentar-se que a proibição afeta a liberdade individual de todo ser humano. Nesse âmbito, entra, também, a questão da visão conservadora de uma parcela significativa da população, que afirma que a prática é uma decisão arbitrária sobre a vida de um outro ser vivo.
Alguns dados sobre o assunto
- De acordo com pesquisas do IBGE, 8,7 milhões de brasileiras, com idade entre 18 e 49 anos, já fizeram ao menos um aborto na vida. Destes, 1,1 milhão de abortos foram provocados.
- Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada dois dias, uma mulher morre no país, vítima de aborto clandestino. Mais de 1 milhão de mulheres no país se submetem a abortos clandestinos anualmente.
- Quem não tem condições de arcar com os custos em uma das 1.500 clínicas de aborto seguras, porém ilegais, em São Paulo, acaba morrendo com procedimentos alternativos.
Como intervir?
A favor: se você defender que é necessário repensar a lei que proíbe o aborto, proponha, por exemplo, intervenções em que o Estado, por meio do Poder Legislativo, garanta a possibilidade de escolha da mulher.
Sugira, por meio da mídia, campanhas de informatização da sociedade sobre o problema de saúde pública que a não legalização causa, com o propósito de desconstrução dos pensamentos pouco críticos de grande parte dos cidadãos.
Contra: Se você for contra, após fundamentar bem e coerentemente o porquê, pense em, por exemplo, campanhas de educação sexual em escolas. Indique, também, que há formas eficientes de salvar a vida de uma gestante em risco, a depender da situação. O governo tem a responsabilidade, também, de garantir assistência psicológico à mulher, e ainda indicar a possibilidade da adoção.
E você, quais outras estratégias argumentativas ou propostas de intervenção pode sugerir sobre o tema? Compartilha com a gente!
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Até a próxima e bons estudos! 🙂