É chamado de epidemia o aumento de casos de uma doença que ataca simultaneamente indivíduos de um determinado lugar em uma propagação rápida e contagiosa. Ao longo da história, epidemias mataram milhões de pessoas, como a Peste Negra no século XIV e a Gripe Espanhola em 1918. Apesar da evolução das medidas preventivas, com a descoberta de vacinas para muitas doenças, por exemplo, periodicamente alguns surtos ocorrem. Por isso, é possível que o assunto sobre epidemias seja cobrado como pauta da redação do Enem 2018. Neste post, você irá aprender informações relevantes que poderão ser usadas em sua argumentação. Confira! 😉
Graves epidemias ao longo da história
- Na Idade Média, devido à escassez dos recursos e o pouco conhecimento na área médica, a Peste Negra (ou Peste Bubônica) matou mais de 25 milhões de pessoas. As condições precárias de higiene e saneamento básico corroboravam para a propagação da doença por meio dos ratos urbanos infectados que conviviam com a população.
- Em 1918, logo depois do final da Primeira Guerra Mundial, a Gripe Espanhola espalhou-se, matando mais de 20 milhões de pessoas. O transporte de cargas e tropas no fim da guerra contribuiu para a propagação da doença em vários continentes e países.
- A Varíola é a primeira doença infecciosa erradicada do mundo por meio da vacinação, segundo a Organização Mundial da Saúde. A varíola matou cerca de 300 milhões de pessoas entre 1896 e 1980. O vírus da doença era transmitido por meio do contato com pessoas ou objetos utilizados por quem foi contaminado, e entrava pelas vias respiratórias.
Epidemias atualmente
Em 2014, a África Ocidental enfrentou o maior surto do vírus Ebola já registrado desde a descoberta da doença, em 1976. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que tratava-se da maior epidemia de febre hemorrágica em termos de pessoas afetadas, número de mortos e extensão geográfica.
Em 2016, a organização Médicos Sem Fronteiras publicou um alerta para cinco doenças que poderiam ser epidêmicas: cólera, malária, sarampo, meningite e um grupo de doenças menos conhecidas propagadas por vírus e parasitas. Em países menos desenvolvidos, como muitos do continente africano, as epidemias levam a consequências graves e dizima populações.
No Brasil, a epidemia mais grave e insistente em sociedade é causada pelo vetor Aedes aegypti. Por meio dela, doenças como febre amarela, dengue e febre chikungunya afetam de forma expressiva a população. Além disso, novas doenças surgiram, como a infecção pelo zika vírus, que possui consequências graves e alarmantes, como sua associação à microcefalia congênita e síndromes neurológicas em bebês.
Todos esses casos são um desafio para o sistema de saúde, para a comunidade científica e para a população. O trânsito de pessoas, cada dia mais facilitado, é uma das causas de propagação de doenças entre os continentes, exigindo que medidas estejam sempre sendo pensadas e aprimoradas para evitar que epidemias prejudiquem a sociedade de forma tão grave quanto acontecia antigamente.
Produções culturais para usar como referência sobre o assunto
Filme: Contágio (2011)
O filme simula como a humanidade seria afetada por uma epidemia após um vírus desconhecido, que tem a capacidade de se multiplicar rapidamente e contaminar pessoas de forma acelerada, causar uma epidemia de ordem mundial. A questão da movimentação social ao redor do mundo é suscitada, além da responsabilidade das autoridades da saúde na corrida para barrar a progressão da doença.
Filme: Epidemia (Outbreak, 1995)
O filme foi baseado na possibilidade da epidemia de um vírus semelhante ao Ebola. Apresenta um pouco como é a atuação do controle de doenças, os órgãos de vigilância e controle sanitários que são necessários para a resolução de casos como esse.
Documentário: Affliction – O Ebola na África Ocidental
Os Médicos Sem Fronteiras mostram neste documentário a triste trajetória da população africana atingida pelo Ebola. A doença, que possui alto índice de letalidade, mostra o desafio de quem atua, os riscos que correm e o desespero de quem luta para sobreviver a uma doença tão grave.
Por que as epidemias ocorrem?
Criou-se a ilusão de que com o avanço medicinal e a descoberta de antibióticos, por exemplo, as doenças contagiosas seriam controladas ou, até mesmo, erradicadas completamente. Acontece que apesar de todos os avanços das áreas de pesquisa e controle, as doenças também foram se modificando, junto à mobilidade populacional, o que continua corroborando para o surgimento de epidemias no mundo.
É responsabilidade de todos entender a importância da prevenção, cobrando medidas, participando efetivamente das campanhas de vacinação e tomando as precauções necessárias.
Gostou? Agora é a sua vez de praticar! Veja AQUI nossa tema sobre os DESAFIOS NA SAÚDE PÚBLICA: COMO LIDAR COM EPIDEMIAS NO BRASIL. Utilize as informações desse post para enriquecer seu texto e mande para correção! Bons estudos 😉