É possível afirmar que o conhecimento das marcas históricas causadas pela opressão e violência, [1] é fundamental para desenvolver na sociedade a capacidade crítica acerca do contexto contemporâneo, promovendo a articulação de mecanismos que evitem o regresso civilizatório. Do contrário, a população leiga em história provocará a vulnerabilização da democracia diante de golpes políticos.
Em análise dos períodos passados, pode-se perceber que ditaduras permaneceram vigentes por décadas, inferindo-se que maior parte da opressão social ocorria às escondidas. Isso foi possível graças ao grande suporte das propagandas de conteúdo manipulado para transmitir ao povo uma imagem incoerente com a realidade da época. Desse modo, a população não se manifestava e os pequenos grupos que se atreviam a tal “audácia” eram rapidamente eliminados. A causa da morte desses poucos subversivos ficavam por conta da criatividade dos representantes do governo autoritário. A violência e os genocídios eram omitidos.
Não obstante, mesmo após tantos crimes cometidos pelo Estado e após o fim desses governos, os cidadãos continuavam sem acesso à verdade dos fatos ocorridos no período sem democracia. Nesse sentido, com a inércia dos cidadãos em relação a [2] política, foi possível o retorno dos governos opressores sem grandes resistências, anulando todo o progresso da nação posterior ao golpe antidemocrático. No entanto, após a globalização e expansão dos meios de comunicação, a difusão de informações tornou-se mais eficiente e manuseável pela sociedade, conseguindo derrubar ditadores no norte africano.
Por conseguinte, para potencializar a informatividade dos cidadãos acerca das marcas históricas violentas causadas por governantes anteriores, a mídia deve assumir o papel de propagadora da verdade dos acontecimentos cruéis que os brasileiros já enfrentaram. O governo deve se apropriar até mesmo de rádios, importante ferramenta irradiadora de informações, para divulgar os resultados das pesquisas pela Comissão da Verdade. Essas e outras medidas poderão evitar a terceira ditadura no país, virando o jogo e estabelecendo a democracia vitalícia.
Domínio da Norma Culta
Em relação à primeira competência, o texto apresenta apenas alguns desvios de convenções da escrita. [1] Vírgula indevida. [2] Faltou crase.
Compreensão da proposta
A introdução foi bastante coerente: iniciou com a indicação do tema proposto e logo em seguida expôs a tese.
Atendimento ao gênero textual
O texto seguiu as normas básicas do gênero argumentativo-dissertativo.
Argumentação
Argumentação muito bem explorada.
Coesão e coerência textual
Boa articulação do texto. Apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Atendimento ao gênero textual
Faltou um pouco mais de detalhamento na proposta de intervenção. Indicar, por exemplo, o propósito das medidas, quais serão os resultados, ou seja, o propósito de efetivá-la.
Nota: 920