Marionetes bélicos
A Revolução Técnico-Científica foi responsável por desenvolver a Telecomunicações, intensificando o fluxo de informações entre as nações. Desse modo, esperava-se que com tal advento tecnológico as populações pudessem cada vez mais aprimorar seus argumentos lógicos de ver o mundo, o que, no entanto, não ocorre, visto que o acesso aos dados prontos restringe cada vez mais as capacidades de autonomia e de pensamento humano voltado à modernidade. [1]
[2] Já afirmava o criador da psicanálise Freud que o pensamento é o estado da ação. Sob tal lógica a sociedade deveria fundamental seu senso crítico, analisando arduamente materiais circulantes antes de formular suas opiniões. Entretanto, em plena era do tablet e da internet rápida, buscar o dado pronto tornou-se cômodo e cada vez mais fácil, tornando os cidadãos meros reféns de apenas alguns cliques em frentes à tela do computador, e dando a esses indivíduos o papel de pesquisadores alienados. Desse modo, [3] é extremamente preocupante que o homem não mantenha sua autonomia para arquivar o que é fundamental para si e para os grupos ao seu redor, uma vez que longe do meio tecnológico o homem não possui conhecimento e noção de mundo, [4] configurando um grande androide guiado como marionete pela tecnologia compulsória.
No final da 2ª Guerra Mundial, o projeto Manhattan, desenvolvido pelos EUA, introduziu o uso da bomba atômica como meio de firmar a liderança norte-americana frente ao conflito. É nesse viés que pode-se afirmar que o homem apenas adere à sua racionalidade científica para desenvolver meios altamente destrutivos, tornando seus descendentes herdeiros da guerra e do campo de batalha. Uma prova disso é que [5] após quase 100 anos desde que a primeira bomba de Urânio devastou a cidade japonesa de Hiroshima, a ciência ainda não desenvolveu meios para a cura de doenças como o câncer e até mesmo para uma das mais comuns e conhecidas enfermidades, como a AIDS, doença viral que devasta a África Subsaariana. Sendo assim, é visível que não é de interesse humano despertar para emergentes necessidades, mas sim destruir grupos ameaçadores de forma lucrativa e cruel.
Por fim, depreende-se que o homem ainda vive num estado de isolamento racional perante os diferentes contextos sociais. Movido por valores bélicos oriundos da monotonia das máquinas, as sociedades humanas seguem “às cegas” [6] sem autonomia própria para dirigirem tantos “avanços” científicos e tecnológicos que, desde o século XX, escondem a fraqueza humana cujo início deu-se com a troca de mentes por máquinas. [7][8]
Desenvolvimento do tema e organização do texto
[1] Ótima e precisa introdução!
Coerência dos argumentos e articulação das partes do texto
[2] “Já afirmava Freud, o criador da psicanálise, que o…”
[3] Este argumento soou confuso, pode ser melhor articulado.
[8] Todas as partes do texto estão bem delineadas e colocadas, inclusive a conclusão!
Correção gramatical e adequação vocabular
[4] “…configurando-se como um grande androide…”
[5] “Uma prova disso é que,…” (use a vírgula)
[6] “…sociedades humanas seguem às cegas,…” (use a vírgula)
Desenvolvimento do tema e organização do texto
[7] A proposta foi bem compreendida e fundamentada na redação. Os argumentos se aprofundaram com dados e tornaram a argumentação consistente. Ótimo trabalho!
Nota: 47/50