O sistema capitalista, nascido tímido nos berços feudais com o excedente da produção em forma de escambo entre os agricultores, tomou proporções gigantescas e lucro maior ainda a partir Revoluções Industriais. Hoje, para manter a média das vendas, os empresários diversificam a cada dia mais as funcionalidades de seus produtos, além de programarem sua obsolescência, tornando necessário ao consumidor voltar a adquirir rapidamente novos produtos. Esse fato é causado pela necessidade de manter o lucro dos grandes empresários, porém agride a saúde da população e a do meio ambiente [1] que não tolera [2] tamanho nível de agressão.
Em primeiro plano, os lixões tecnológicos existentes pelo mundo, [3] contaminam o solo, a água e o ar com a liberação de gases nocivos como o CO2 e os famosos CFCs. Esses acontecimentos discorrem devido ao interesse dos grandes capitalistas na manutenção do próprio lucro, pois quando o produto possui uma “data de validade”, o consumidor adquire um novo e descarta o antigo. Entretanto, desde a retirada da matéria prima da natureza, o processo gera danos ao meio ambiente, na maioria irreversíveis a curto prazo, e que podem acarretar no fim da estabilidade mínima necessária para a vida na Terra, desencadeando desastres como chuvas ácidas ou até mais graves, como a extinção de espécies, derretimento das geleiras e, consequentemente, aumento do nível do mar.
Além da questão ambiental, a obsolescência programada gera na população o costume de generalizar o tratamento efêmero dado aos produtos também às relações cotidianas. Esse ponto de vista é explicado pelo sociólogo Zygmunt Bauman, que em seu livro, “Modernidade Líquida”, alerta para a “coisificação” das relações humanas, pois, se antes a busca era pela manutenção das conexões antigas para torná-las prósperas de duradouras, hoje faz-se o contrário, livra-se daquilo que desagrada nos primeiros obstáculos. Tal processo torna o indivíduo inseguro de si e de sua realidade, pois ambos podem mudar repentinamente e tornarem-se mal vistos pelos outros, influenciando no desenvolvimento de problemas psicológicos, como a depressão, a ansiedade e até transtornos mentais. [4][5]
Em suma, medidas são necessárias para reduzir o problema. Para isso, cabe ao Governo Federal [1] em conjuntura com o Ministério do Meio Ambiente, tabular uma lei que estabeleça limites para as emissões de produtos poluentes no ar e na água, e, para fiscalizar a efetividade dela, formar equipes de engenheiros que produzam aparelhos para medir esses índices, químicos industriais para fazer a avaliação correta e, ainda, para reduzir os gastos, tornar essa participação parte do estágio dessas áreas. [6] Além disso, é dever das escolas programar palestras com psicólogos para ensinar aos alunos a necessidade de evitar a dependência tecnológica, formando consumidores mais críticos. [7]
Competência I – Demonstrar domínio da norma culta:
[1] Falta vírgula
[2] Erro de concordância: “não toleram”
[3] Vírgula desnecessária
Competência II – Compreender a Proposta:
[5] O texto apresenta uma boa tese e argumentos que a comprovam.
Competência III – Selecionar e relacionar argumentos:
[4] Expõe informações sobre o tema e exerce a reflexão de maneira muito clara em defesa do ponto de vista.
Competência IV – Conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação:
[7] O texto não apresenta inadequações quanto ao uso dos recursos coesivos.
Competência V – Elaborar a proposta de solução para o problema:
[6] Boas propostas, só faltou detalhar um pouco melhor os meios para que sejam realizadas.
Nota: 960
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