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A DESINFORMAÇÃO PREJUDICA A DEMOCRATIZAÇÃO
Na década de 1930, Getúlio Vargas elaborou, junto ao exército, o Plano Cohen, um falso artigo com as premissas de que comunistas queriam desestabilizar a ordem e tomar posse do poder. A notícia foi disseminada, promovendo caos social, e usada pelo presidente para impor sua ditadura, de modo a manter a estabilidade. Na contemporaneidade, principalmente no Brasil, a divulgação de artigos e notícias falsas intensificaram-se sobretudo nas redes sociais, causando transtornos sociais e prejudicando a promoção da democracia, fator essencial para desenvolvimento do país. Destarte, é fundamental a realização de medidas do Governo, de instituições e da população, de modo a reduzir esse fluxo de notícias sensacionalistas.
Com a ascensão da Terceira Revolução Industrial, pós Segunda Guerra Mundial, o meio técnico científico informacional consolidou-se e a sociedade passou a conviver diante de um intenso fluxo de informações e comunicação. No entanto, a proliferação de notícias falsas, principalmente nas redes sociais, demonstra que essa nova fase do mundo globalizado pode ser prejudicial ao desenvolvimento social do país. Em outras palavras o constante fluxo desses embustes afirma-se como um fato social doentio de acordo com a filosofia Comtiana, ou seja, essas farsas tendem a desestabilizar a harmonia social, por dificultar a busca da razão e da verdade dos fatos, fatores essenciais para a promoção de diálogos benéficos para atingir o bem-estar comum, isto é, propiciar à sociedade a verdade democracia.
Não obstante, a sociedade passou a ser regida pela era da pós-verdade, ou seja, para uma porção populacional, os fatos tornaram-se fluidos, as informações não precisam ser comprovadas, mas somente repercutidas para que haja aceitação. À vista disso, ocorre a formação de um “mercado de notícias”, indústrias elaboram notícias de cunho sensacionalista de modo a persuadir o leitor e esse disseminar informações e atingir o objetivo de expandir notícias falsas em escala global. Além disso, diante da consolidação de polarizações políticas, nota-se a retomada de articulações de regimes totalitários, já que muitos partidos passaram a manipular notícias para a propagação de ideologias, de modo a alienar a sociedade a aceitar determinado governo no poder, além de persuadir a população a repudiar outras formas de gestão, inibindo a sociedade de formar suas próprias concepções.
Portanto, de modo a reduzir a incidência de notícias falsas, cabe ao Governo, por meio do Poder Legislativo, aprovar a lei que tramita na Câmara dos Deputados, que criminaliza a divulgação de notícias falsas, de modo que a sociedade seja privada de conviver com essas informações prejudiciais ao desenvolvimento social. Soma-se a isso a ação dos principais meios de divulgação dessas notícias na atualidade, como “facebook” e “google” juntarem-se aos setores de investigação para tirar do ar as principais páginas que utilizam a plataforma para divulgar esses embustes, visto que as redes sociais se tornaram a Ágora da sociedade contemporânea, ou seja, local de intenso diálogo sobre as questões sociais e as informações falsas podem prejudicar a consolidação da democracia no país. Além disso, cabe ao setor midiático promover propagandas de cunho educativo, auxiliando a população no reconhecimento dessas farsas, de modo a reduzir o compartilhamento dessas no âmbito social.