A prova de redação do ENEM tem o costume de cobrar temas da atualidade relacionados ao aspecto social. Ler revistas, jornais, sites de notícias, livros ou filmes é muito importante porque deixa o candidato atualizado e preparado para a argumentação.
Separamos uma lista de séries e documentários que vão te ajudar a estudar de um jeito mais descontraído.
She´s beautiful when she´s angry – (Estados Unidos, 2014)
O documentário She´s beautiful when she´s angry (Ela é linda quando ela está zangada, tradução livre) conta a história do surgimento da chamada Segunda Onda do feminismo nos Estados Unidos, na década de 1960. Dirigido por Mary Dore, e estrelado por mulheres que foram a base para a construção do feminismo que conhecemos hoje, o documentário faz um panorama geral sobre as reivindicações naquele período: igualdade de salários, direito a creche, aborto, crítica aos métodos contraceptivos impostos pelos homens, dentre outros.
Naquela época, as mulheres já haviam iniciado a discussão sobre a pílula anticoncepcional e criticavam a falta de informação sobre os efeitos colaterais da medicação, pois quem estava no comando das decisões eram médicos e políticos, todos homens. Mary Dore não se esquece de mostrar as reivindicações de um grupo de mulheres negras, que lutavam contra o machismo e o racismo. A cineasta também aborda a invisibilidade lésbica. Naquela época, muitas mulheres sofriam preconceito, até mesmo das próprias colegas do movimento, por causa da orientação sexual.
Por que assistir? Foram essas mulheres que pavimentaram e direcionaram para o feminismo que conhecemos hoje e muitas das conquistas vieram por meio delas. Além disso, é possível ver que muita coisa mudou, mas as mulheres ainda têm uma longa jornada de luta pela frente.
The mask you live in – (Estados Unidos, 2015)
“Vira homem”, “isso é coisa de menina”, “homem não chora” são frases que os homens escutam o tempo inteiro, na infância e na adolescência. O documentário The mask you live in (A máscara que você usa, tradução livre), dirigido por Jennifer Siebel Newsom, aborda a pressão da sociedade sobre aquilo que pode ou não ser considerado “masculino” e como isso afeta os jovens. Os homens crescem com a imposição da cultura machista e tal imposição, além de afetá-los psicologicamente, ainda funciona como propagação da misoginia e homofobia.
Por que assistir? O documentário explica, basicamente, como a sociedade molda as crianças e os adolescente para exibirem um comportamento extremamente masculino e como isso, muitas vezes, desumaniza e exclui as mulheres.
Cara Gente Branca – (Estados Unidos, 2017)
A série, baseada no filme Dear White People (2014), conta a história de jovens negros, estudantes de uma universidade americana em que os alunos são majoritariamente brancos. Após uma festa blackface, organizada por um grupo de alunos brancos, tensões raciais se desenvolvem no ambiente escolar. A série conta com 10 episódios, um sobre cada personagem, e aborda temas como violência policial, solidão da mulher negra, apropriação cultural, relacionamento inter-racial, autoestima, “racismo reverso” e, principalmente, o racismo institucionalizado.
Por que assistir? Apesar da série retratar o ambiente escolar norte-americano, diversas questões abordadas em Cara Gente Branca podem ser percebidas na realidade brasileira.
Black Mirror – (Reino Unido, 2011)
Black Mirror é um seriado britânico, criado por Charlie Brooker em 2011, que retrata a relação das pessoas do mundo moderno com a tecnologia. Cada episódio da série tem uma história e um elenco diferente. Com muito suspense (e finais surpreendentes) as histórias do seriado não focam em nenhum momento na tecnologia em si, mas na relação e interação da sociedade com ela. E é justamente esta relação entre modernidade, tecnologia e sociedade que assusta. O próprio nome do seriado, Black Mirror (Espelho Negro, em português), já remete o fascínio das pessoas por essa tecnologia. A série, que teve o primeiro episódio exibido no final de 2011, não deixa de assumir um tom profético. Há cinco anos não tínhamos a tecnologia que temos hoje, por exemplo, e se antes a série transitava no território da dúvida, da possibilidade, do “se”; nas novas temporadas, nos novos episódios a dúvida parece nem existir.
Por que assistir? Sob o disfarce de uma ficção futurista, Black Mirror nada mais é do que um retrato do presente. Ao abordar a relação das pessoas com o “mundo moderno”, a série consegue escancarar o que há de melhor e pior no ser humano.
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