A dengue é uma das epidemias mais recorrentes no Brasil, cujo número de pessoas afetadas não para de crescer. No início de 2024, o Governo Federal aprovou a liberação da vacina contra a dengue, mas os impactos ainda não foram tão significativos.
Para te ajudar a entender mais sobre esse tema tão importante para o debate sobre a crise sanitária no Brasil, preparamos um conteúdo completo, com uma redação pronta acerca do assunto. Continue lendo e saiba mais!
O que é a dengue?
A dengue é um tipo de arbovirose, ou seja, uma doença causada pelo vírus transmitido por um artrópode – como o mosquito. No seu caso, é transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti.
No Brasil, são quatro os tipos da dengue conhecidos: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. Cada um deles representa uma “modificação” do vírus da dengue, que acontece ao longo do tempo e a partir da evolução da doença.
As epidemias de dengue aconteceram diversas vezes ao longo da história do país. O primeiro registro da doença no Brasil é do final do século XIX, mas acredita-se que o mosquito tenha sido trazido para terras brasileiras junto das pessoas escravizadas. De lá para cá, o vírus se modificou e o contágio aumentou.
Quais fatores favorecem a proliferação do mosquito da dengue?
A dengue é considerada uma doença endêmica, ou seja, que acontece de forma contínua. Isso significa que as pessoas podem contrair a dengue a qualquer momento, em qualquer lugar do país. Ainda assim, alguns fatores contribuem para a proliferação dos mosquitos.
O primeiro deles é a falta de saneamento básico, que cria condições ideais para a reprodução das larvas do mosquito, com a água parada e limpa exposta nos esgotos a céu aberto.
O crescimento desordenado da população e a urbanização também contribuem para esse cenário, uma vez que o grande volume de habitantes em centros urbanos se deu com pouco preparo e planejamento. Assim, parte da população ocupou regiões de fundos de vales e rios, modificando o ambiente natural e causando desequilíbrio ecológico.
Por fim, as mudanças climáticas também são um fator de favorecimento para o aumento dos casos de dengue. É o que mostra uma pesquisa que avaliou o impacto dos eventos climáticos mais extremos, como secas e inundações, no número de casos de dengue no país.
Como prevenir a doença?
A melhor forma de prevenção da dengue é através do controle do mosquito. Além de políticas públicas que devem ser adotadas, como o acesso ao saneamento básico, a limpeza de ruas e vielas, a população também pode adotar medidas individuais. São elas:
- Usar telas de proteção nas janelas de casas e apartamentos
- Passar repelente no corpo, sobretudo quem está em regiões muito arborizadas
- Evitar deixar recipientes com água parada, mesmo que em pouca quantidade
- Vedar corretamente as caixas de água e os reservatórios
- Desobstruir calhas, lajes e ralos, para evitar o acúmulo de água.
[Material Gratuito]
Quer se planejar de uma forma mais eficiente? Baixe o planner de estudos da Imaginie e organize a sua rotina para conquistar a sua vaga dos sonhos!
Existe vacina?
Sim, desde dezembro de 2023. A vacina da dengue passou a fazer parte do Calendário Nacional de Vacinação em fevereiro de 2024 e está disponível gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS). O público-alvo, no entanto, é reduzido: inicialmente, apenas crianças de 10 a 14 anos têm acesso à vacina. Segundo o Ministério da Saúde, esse público-alvo concentra a maior proporção de hospitalização da doença.
Em alguns municípios, o acesso foi ampliado para a população de 6 a 16 anos, devido à baixa adesão da população e ao risco de o imunizante passar da data de validade. Ainda assim, a população considerada de risco (idosos e pessoas com doenças crônicas, como a diabetes e a hipertensão) ainda ficam de fora do grupo.
O uso da vacina é fundamental para que haja uma menor taxa de transmissão do vírus. Além disso, a chance de casos graves diminui consideravelmente quando a maior parte da população está imunizada.
Mesmo com a vacina contra a dengue, porém, o melhor método de prevenção ainda é o controle do mosquito.
Dengue no Brasil: conheça os dados
Os dados mais recentes da dengue no Brasil são alarmantes. Em 2024, já foram registrados mais de 5 milhões de casos da doença, com mais de 4 mil mortes confirmadas. Os números superam todo o ano de 2023, que teve cerca de 1,6 milhão de casos prováveis e 1094 mortes, de acordo com o Ministério da Saúde.
Nota-se que o número de casos de dengue confirmados vem aumentando nos últimos anos, assim como o número de mortes. O ano de 2024 marca um novo recorde nesse cenário. É importante lembrar que, hoje, cerca de 100 milhões de brasileiros não têm acesso à rede de esgoto, e 35 milhões não têm acesso à água potável.
O cenário é o de uma nova epidemia, que pode ser intensificada com a tragédia mais recente, as enchentes do Rio Grande do Sul. Mesmo com a vacina, os números não param de crescer e podem ser um alerta para uma nova crise sanitária.
Redação pronta sobre o tema
Agora, para se inspirar, leia uma redação pronta sobre o tema “Desafios no combate à dengue no Brasil”:
“A dengue é uma epidemia que desafia a saúde pública no Brasil”, afirmou o médico Dráuzio Varella. A proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, tem causado sérios impactos na saúde pública, exigindo ações efetivas para seu controle e prevenção. Dessa forma, é essencial compreender a gravidade da situação para implementar medidas que possam mitigar esses impactos.
Primeiramente, é importante destacar o aumento no número de casos de dengue no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, em 2023, foram registrados mais de 2 milhões de casos, um aumento de 40% em relação ao ano anterior. Assim, essa alta incidência sobrecarrega o sistema de saúde, gerando filas nos hospitais e aumento na demanda por leitos e medicamentos.
Além disso, a dengue causa impactos econômicos significativos. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os custos diretos e indiretos da dengue no Brasil chegam a aproximadamente 2,3 bilhões de reais por ano. Portanto, a doença não apenas afeta a saúde dos indivíduos, mas também representa um peso financeiro considerável para o governo e para as famílias, comprometendo recursos que poderiam ser direcionados a outras áreas da saúde.
Portanto, para mitigar os impactos da dengue, é fundamental uma ação conjunta entre governo, sociedade e instituições de pesquisa. O Ministério da Saúde, em parceria com universidades e institutos de pesquisa, deve implementar um programa nacional de combate ao Aedes aegypti, incluindo a distribuição de repelentes e campanhas educativas. O programa deve utilizar agentes comunitários para visitar residências e orientar sobre a eliminação de focos do mosquito, com o objetivo de reduzir a incidência da dengue e aliviar a pressão sobre o sistema de saúde. Assim, será possível reduzir a incidência da doença e seus efeitos negativos na sociedade e na economia do país.
Agora que você já sabe mais sobre a dengue, que tal praticar a sua redação sobre o tema? Conheça os planos da Imaginie e tenha redações corrigidas em até 24 horas úteis para temas no estilo Enem, além do suporte de diferentes monitores para tirar suas dúvidas!
Foto do post: Reprodução/National Institute of Allergy and Infectious Diseases/Unsplash