Elaboramos este post com os 7 erros que são muito cometidos por alunos nas produções textuais. O objetivo é direcionar você, corretor, para um olhar mais apurado em relação a eles. Confira.
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Falta de defesa do ponto de vista
Alunos que não têm um bom conhecimento sobre o gênero dissertativo-argumentativo muitas vezes cometem o erro de não se posicionar em relação ao tema proposto e ficam “em cima do muro”. Esta é uma situação que compromete a pontuação do candidato, considerando a exigência clara nos critérios de correção, especificamente da competência 3, que instrui a necessidade de seleção, relação, organização e interpretação de informações que tenham por objetivo final a defesa de uma tese, ou seja, da opinião.
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Ideias pouco organizadas ou sem relação coerente
Geralmente, os alunos estão em dois extremos quanto aos temas: pouco ou nenhum conhecimento sobre o assunto ou milhares de ideias e argumentos sobre ele. Quando é o caso da segunda opção, há uma certa dificuldade em selecionar a que melhor irá compor a argumentação. Muitos pensam que é interessante colocar todas as ideias ao mesmo tempo, o que acaba deixando o texto desorganizado, confuso e sem relação lógica.
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Períodos muito longos
O grande perigo das construções de períodos muito longos é o que chamamos de sobreposição de ideias. A sensação de que está perdido em relação ao raciocínio do aluno é a quebra da fluidez de leitura. Ele precisa estar ciente de que o corretor deve compreender claramente o pensamento dele em uma leitura rápida e eficaz. Há, ainda, o risco de que ele faça um parágrafo frasal. Penalize-o e alerte-o sobre o problema.
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Erros gramaticais, como os ortográficos
Trocar uma letrinha na palavra pode fazer um “estrago”. Principalmente por passar uma má impressão, mas também por ser capaz de mudar sentidos. Pense, por exemplo, na palavra “inflação”. Seu significado é alta dos preços. Se o aluno, por engano, escrever “infração”, ele está tratando de violação. Esse erro pode, inclusive, acabar passando despercebido (e não “desapercebido”, que significa desprevenido!), portanto, atenção.
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Incompreensão do comando da proposta
Os temas do Enem, em sua maioria, possuem palavras-chave no comando que direcionam o aluno para o que deverá ser dito na argumentação. Repare:
Caminhos para combater a intolerância religiosa (2016), A persistência da violência contra a mulher (2015), Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil (2013).
Se o aluno, por exemplo, firmar-se em dissertar apenas sobre intolerância religiosa sem indicar os caminhos para resolver a problemática, estará cumprindo apenas parte da proposta, o que configura tangenciamento ou fuga parcial do tema.
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Propostas de intervenção antes da problematização
O objetivo da proposta de intervenção é resolver um problema. Coerentemente, o aluno deverá, primeiro, fundamentar a gravidade da questão. A partir de então fará sentido apresentar uma solução. O ideal é sugerir que o aluno fundamente nos parágrafos de desenvolvimento a gravidade da questão e faça a proposta no parágrafo final.
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Não compreensão do uso da crase
A regência verbal ou nominal ditará a necessidade ou não do uso de crase. É importante usar corretamente a crase, pois sua ausência ou aplicação indevida compromete a construção dos enunciados, levando a casos de ambiguidade. Por exemplo, “chegar à noite” é diferente de “chegar a noite”. A primeira expressão significa chegar durante o período da noite a segunda significa anoitecer. Cobre aspectos de coesão textual.
Até a próxima! 😉