Para que o leitor de um texto consiga compreendê-lo como um todo, ou seja, o seu sentido e quais ideias estão sendo transmitidas, é necessário que ele seja coeso.
Esse é um fator fundamental em processos seletivos que exigem redação, como é o caso do Enem. A competência IV do Exame Nacional do Ensino Médio exige que o aluno saiba “demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação”.
Dentro dessa competência, uma importante orientação é a de que o candidato saiba fazer retomadas. É aí que entram os papéis da anáfora e catáfora! Elas te ajudam a referenciar termos, pessoas, coisas, lugares e fatos à medida que o texto vai progredindo.
Assim, você mantém o leitor engajado e consciente do que está sendo abordado na redação e evita repetições.
Então, vamos entender melhor o que é anáfora e catáfora, para que servem e como usá-las? Confira!
Anáfora e catáfora: o que são e para que servem?
A anáfora e catáfora são mecanismos linguísticos que servem para antecipar um termo que será citado ou referenciar uma palavra que já foi anteriormente colocada no texto.
Os termos anafóricos e catafóricos são fundamentais para garantir a coesão do texto. Isso porque a utilização correta desses termos é o que garantirá um encadeamento lógico das ideias, permitindo a compreensão do texto.
Além disso, a anáfora e catáfora impedem a repetição excessiva e muito próxima de palavras, evitando que a redação se torne cansativa, entediante e até mesmo confusa.
Por último, a utilização correta desses termos no seu texto demonstra domínio dos mecanismos linguísticos e da produção textual.
Então, agora que você já entende a importância dos termos anafóricos e catafóricos, vamos conhecer a diferença entre eles.
Anáfora: o que é?
A anáfora faz referência a um termo ou expressão citado anteriormente no texto. Ou seja, ela é utilizada para a retomada de algo.
Veja alguns exemplos:
- “O presidente recusou-se a falar com a imprensa. Criticá-lo apenas fez com que a comunicação fosse prejudicada.” — nesse caso, o pronome oblíquo “lo” retoma “presidente”
- “O Brasil é o segundo maior importador de azeite. O produto é comumente utilizado na culinária do país.” — Aqui, o substantivo “produto” retoma e substitui o termo “azeite”.
- “Mesmo com a economia prejudicada, o que não para de crescer é a indústria da beleza. Esta ainda se mantém projetando crescimentos exorbitantes.” — o pronome “esta” está retomando “indústria da beleza”.
Catáfora: o que é?
Já a catáfora faz referência a um termo que será citado posteriormente no texto. Fica mais fácil de entender visualizando os exemplos:
- “A reação da sociedade mediante a um possível novo aumento dos preços quer dizer isto: indignação.” — aqui, o pronome demonstrativo “isto” referencia o termo “indignação”.
- “E lá estava ela, instaurando-se silenciosamente: a maior crise hídrica da história.” — o pronome “ela” faz referência catafórica a “a maior crise hídrica”.
Mas, afinal, por que é tão importante conhecer a anáfora e catáfora?
Bom, para além dos motivos que já citamos acima, você deve ter em mente que esses mecanismos são fundamentais para estabelecer uma boa ligação entre as orações de um período e entre os períodos de um parágrafo.
Com esses termos, você evita a escrita de períodos muito longos que podem prejudicar a compreensão do que você está querendo dizer e causar confusão durante a leitura da redação.
Saindo um pouco do universo da redação, é fundamental que você conheça esses termos para provas que avaliam questões da língua portuguesa, como é o caso da maior parte dos exames realizados.
E aqui não estamos falando apenas de provas de vestibular. Estamos falando também de avaliações como um todo, como concursos, processos seletivos para empregos, dentre tantas outras.
E então, está se sentindo mais preparado?
Para resumir: quando estiver fazendo referência a um termo citado anteriormente, se trata de uma anáfora. Quando estiver antecipando um termo ou expressão que ainda será citado, é uma catáfora.
Agora que você já sabe o que é anáfora e catáfora, que tal conferir o nosso artigo sobre retomada de ideias na redação do Enem?