A obesidade infantil está presente em muitos contextos no Brasil, atingindo famílias de diversas condições socioeconômicas. Em 2023, a cada sete crianças brasileiras com menos de cinco anos de idade, uma estava com excesso de peso ou obesidade.
Em números, esse índice representa 14,2% do total de crianças, valor muito superior à média global, que é de 5,6%. Os dados são do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), do Ministério da Saúde.
Além disso, em 2035, até metade das crianças e adolescentes brasileiras entre 5 e 19 anos poderão estar com obesidade ou sobrepeso. A projeção é do Atlas Mundial da Obesidade 2024, feito pela Federação Mundial de Obesidade.
Para te ajudar a escrever um texto sobre o assunto, iremos fazer uma breve contextualização. Ao final, também indicaremos referências para auxiliar no repertório sociocultural sobre o tema. Vamos lá:
O que é obesidade infantil?
A obesidade infantil é uma condição médica em que uma criança ou adolescente está significativamente acima do peso normal para sua idade e altura. Isso ocasiona o excesso de gordura corporal, que pode afetar negativamente sua saúde.
O problema acarreta em um risco maior de hipertensão arterial, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, câncer e outras complicações crônicas durante a vida adulta.
Dessa forma, desde a infância, é importante fazer o acompanhamento médico do IMC (índice de massa corporal), que leva em consideração a idade e o sexo.
Causas do problema
De acordo com o Ministério da Saúde, a obesidade infantil “é resultado de uma série complexa de fatores genéticos, individuais/comportamentais e ambientais que atuam em múltiplos contextos: familiar, comunitário, escolar, social e político”. Então, é essencial que a criança seja acompanhada por profissionais da saúde desde o nascimento.
Vamos entender as principais causas que costumam levar à obesidade infantil:
Fatores genéticos
A obesidade pode acometer algumas crianças em decorrência de predisposição genética. “Quanto mais grave a obesidade na família, maior a herança genética relacionada à obesidade”, afirmou Maria Edna de Melo, presidente do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, em entrevista ao g1. Assim, quando um dos pais ou ambos são obesos, existem chances consideráveis do(s) filho(s) herdarem a condição.
Alimentação
O consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras e açúcares, e pobres em nutrientes pode levar à obesidade infantil. Nesse grupo, é importante destacar os processados e ultraprocessados, como refeições prontas para o consumo, refrigerantes, salgadinhos e biscoitos recheados, por exemplo.
Anualmente, os alimentos ultraprocessados são a causa da morte precoce de 57 mil brasileiros de 30 a 69 anos de idade. Os dados são de um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Universidade de Santiago de Chile.
Sedentarismo
A obesidade infantil também pode ser causada por hábitos sedentários, como por exemplo, a falta de atividade física regular e o uso excessivo de dispositivos eletrônicos.
Existe uma correlação evidente entre o tempo abundante de telas e problemas de saúde como a obesidade e depressão em crianças e adolescentes, conforme uma revisão sistemática feita por pesquisadores do Reino Unido.
- Leia também: Entenda quais são as consequências da pressão exercida sobre os jovens [+Redação pronta]
Como prevenir?
Para evitar o surgimento do problema, as famílias podem seguir algumas dicas e ensinar as crianças a adotar hábitos saudáveis desde cedo. É essencial ter uma alimentação balanceada e fazer exercícios físicos, e fazer consultas periódicas com profissionais da saúde.
Com o intuito de auxiliar os pais na educação alimentar dos filhos, o Ministério da Saúde oferece o Guia Alimentar Para Crianças Brasileiras Menores de 2 anos, com orientações nutricionais focadas no começo da primeira infância.
Três dicas do Ministério da Saúde
Ainda de acordo com a pasta governamental, as famílias podem seguir três dicas simples para auxiliar no desenvolvimento da criança, reduzindo o uso de telas e diminuindo os riscos de obesidade. Confira:
- Promover caminhadas com as crianças. Em ritmo acelerado, são mais benéficas
- Organizar atividades ao ar livre e brincadeiras em parques e gramados, por exemplo
- Ensinar esportes coletivos, como futebol, vôlei e basquete. Além das habilidades físicas e habilidades motoras, eles aprimoram a socialização e o espírito esportivo.
Repertório sociocultural para a redação sobre obesidade infantil
Confira algumas indicações de boas referências para citar na sua redação sobre obesidade infantil.
Série de televisão: This is Us (2016-2022)
A sensível, tocante e aclamada produção conta a história de pessoas que compartilham a data de aniversário, e uma delas é Kate, que possui obesidade desde pequena.
Na série, são mostradas cenas da sua infância, quando ela sofria um intenso bullying de outras crianças. Constantemente, essas excluíam Kate das brincadeiras – e até mesmo da convivência com os colegas. A série mostra que o problema de saúde também afeta a vida social das crianças obesas, que, infelizmente, não são bem acolhidas em vários contextos no cotidiano.
- Onde assistir: atualmente, a série está disponível no streaming Disney+.
Documentário: Muito Além do Peso (2012)
Tendo como assunto central a obesidade infantil, o documentário brasileiro retrata várias esferas do problema, que atinge cada vez mais jovens. A produção dispõe de entrevistas com crianças, adolescentes (e seus pais) de cidades e condições socioeconômicas distintas, além de dados estatísticos, que mostram o alcance assustador da obesidade no Brasil.
Afinal, a obesidade está presente em várias realidades no país e está atrelada ao comportamento alimentar da população, o que é bastante evidenciado no documentário.
- Onde assistir: o documentário completo está disponível no YouTube.
Reportagem do jornal The New York Times
O texto é uma espécie de “raio-X” da obesidade no Brasil, destrinchando detalhadamente vários acontecimentos que levaram ao início e à consolidação desse problema socioeconômico.
Ao longo da reportagem, o leitor também consegue fazer conexões e entender os motivos que provocaram o aumento assustador da obesidade infantil no país. Por meio de casos reais, entrevistas, infográficos e fatos, o texto esclarece vários pontos-chave dentro do assunto.
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