Com o avanço do aquecimento global, os debates sobre práticas sustentáveis se tornaram mais urgentes. Como consequência, agir em prol do meio ambiente deixou de ser uma preocupação ecológica e se tornou também uma questão política e, é claro, econômica.
No entanto, os discursos e as práticas nem sempre estão alinhados. Quando isso acontece, estamos diante de um caso de greenwashing. Mas o que esse termo significa? Como identificar? Será que pode ser tema de redação? Continue lendo e descubra!
O que é?
O greenwashing se refere às práticas adotadas por algumas empresas, indústrias e até governos para parecer sustentáveis, mesmo quando não o são de fato. No português, o termo pode ser traduzido como “lavagem verde” ou “maquiagem verde”.
Trata-se, portanto, de uma ação de marketing para criar uma imagem falsa. A consequência imediata é que consumidores e investidores acreditam estar incentivando ações ecológicas, mas não estão.
As causas para o greenwashing são variadas. Por um lado, empresas e organizações que se adequam às chamadas práticas ESG — isto é, boas práticas ambientais, sociais e de governança — têm mais incentivos fiscais. Por outro, é uma forma de se destacar no mercado e atrair mais consumidores diretos.
Por que o Greenwashing é perigoso?
O principal perigo do greenwashing está na ilusão criada no público. Enquanto consumidores, somos levados a crer que nossas ações estão impactando positivamente o meio ambiente.
Pode parecer ingênuo apontar o fato de que o greenwashing é perigoso porque é uma mentira. Contudo, dados ligados a sustentabilidade são fundamentais para que um governo possa tomar decisões adequadas ligadas a questões ecológicas. Se indústrias manipulam esses dados, essa relação é prejudicada.
O greenwashing também afeta o desenvolvimento sustentável e prejudica a construção de um mercado mais verde. Afinal, se investidores acabam colocando dinheiro em empresas que não cumprem com o prometido, o mercado se desestabiliza e a credibilidade de negócios efetivamente sustentáveis também é colocada à prova.
Em termos mais práticos, para empresas que adotam essas práticas, a descoberta de que as suas ações de sustentabilidade não são reais pode representar a perda de consumidores e de investidores, além de multas financeiras.
Um exemplo é o já famoso caso da Volkswagen, em 2015, que manipulou informações sobre sua emissão de poluentes. Como resultado, além da renúncia do então presidente, a empresa precisou recolher mais de 8,5 milhões de unidades de carros e reinspecionar mais de 10 milhões de veículos — um prejuízo imenso.
Como identificar práticas de Greenwashing?
O Instituto de Defesa dos Consumidores (IDEC) elaborou um guia com 7 sinais para que consumidores possam identificar práticas de greenwashing no dia a dia. Eles incluem:
1. Falta de provas
Anúncios de produtos e práticas “sustentáveis” que não apresentam dados e outras especificidades para comprovar a sua afirmação devem ser considerados suspeitos. Uso de expressões vagas, como “amigo do meio ambiente”, sem que haja explicações das atitudes que a justifiquem também costumam ser pontos de atenção.
2. Informações irrelevantes
Não é incomum que produtos tragam informações sobre sustentabilidade que não impactam diretamente a decisão do consumidor de adquiri-los. Um exemplo, de acordo com o IDEC, é o uso da expressão “Não contem CFC”, substância proibida e que, portanto, não estaria presente no produto ainda que ele não fosse sustentável.
3. Informações falsas
Promessas como “economia de luz” ou “economia de água” podem passar a falsa sensação de segurança aos consumidores. Por isso, é preciso estar atento a selos e outras comprovações de órgãos responsáveis, que garantam os testes adequados. Também é preciso estar atento a produtos que ainda são prejudiciais ao meio ambiente, mas são vendidos como “um mal menor” — como garrafas de plástico com “menos plástico” na composição.
A melhor forma de se proteger contra o greenwashing, no entanto, é sendo um consumidor consciente. Estudar mais sobre o assunto, conhecer marcas confáveis e ler róticos com atenção faz com que você invista o seu dinheiro em empresas verdadeiramente comprometidas com a sustentabilidade.
- Leia também: Entenda como a relação do homem com o meio ambiente impacta a nossa vida [+ Redação pronta]
Como falar sobre o assunto na redação?
O greenwashing tem tudo a ver com a sustentabilidade — e pode ser um tema de redação para os vestibulares. Para conseguir abordar o assunto com mais segurança, você pode:
1. Aumentar o seu repertório sociocultural sobre Meio Ambiente
Documentários, livros, podcasts, canais no YouTube: a internet está cheia de materiais que te ajudam a enriquecer e aumentar seu repertório sociocultural. E como o greenwashing é uma pauta ecológica, faz todo sentido focar nesse tipo de conteúdo.
Lembre-se: quanto mais dados, informações e exemplos você conhece sobre um determinado eixo temático, maiores as suas chances de se dar bem na redação. Por isso, invista parte do seu tempo em estudos e notícias!
2. Praticar bastante
A forma mais eficaz de conseguir falar sobre qualquer assunto em uma redação é exercitando. Por isso, nós recomendamos que você faça pelo menos duas redações por semana.
Para treinar o tema do greenwashing, você pode se debruçar sobre os seus perigos no contexto organizacional. Outra opção é praticar outros temas de redação relacionados, como:
- Preservação do planeta: por que parte da população ainda não está disposta a mudar os hábitos em favor do meio ambiente?
- Os desafios da relação entre o homem e o meio ambiente;
- Impactos do lixo plástico no meio ambiente.
Fiz uma redação sobre greenwashing. E agora?
Para quem já produziu uma redação a partir de um tema sobre greenwashing e quer uma avaliação profissional sobre o texto, a melhor opção é contar com a equipe da Imaginie. Nossos professores especializados avaliam o seu texto e te ajudam a:
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