Conheça a classificação dos verbos e como utilizá-los de forma certa

Você deve estar se perguntando: “Por que eu devo estudar a classificação dos verbos?”. Bom, a resposta é simples! Na hora de escrever a redação do Enem, é preciso se atentar à competência I, que está relacionada ao domínio da norma culta. Sendo assim, é importante saber a forma correta na hora de conjugar um verbo.

A classificação dos verbos é determinada por suas flexões (singular e plural), pessoa (1ª, 2ª, 3ª), modo (indicativo, subjuntivo, imperativo), tempo (presente, pretérito, futuro), voz (ativa, passiva, reflexiva) e outros aspectos. 

Assim, diante de todos esses critérios, os verbos da língua portuguesa são categorizados. Neste artigo, vamos explicar os tipos de classificação, mostrar exemplos e a sua conjugação para você aprender mais sobre essa classe gramatical. Bora conferir!

A classificação dos verbos

Como já apresentamos inicialmente, o verbo é uma classe gramatical bastante ampla. Ele serve para expressar uma ação, estado, mudança de estado, fenômeno da natureza, além de apresentar o maior número de flexões no português. 

As classificações dos verbos mais conhecidas são:

• Regulares; 
• Irregulares; 
• Defectivos;
• Abundantes;
• Anômalos.

Além destes, há outras divisões, mas vamos focar somente nessa lista primeiro. Então, vamos a ela: 

1. Verbos regulares

Os verbos regulares são aqueles em que o radical permanece o mesmo em toda conjugação. 

Exemplo: verbo cantar 

2. Verbos irregulares 

Tratam-se dos verbos que, quando conjugados, sofrem alterações tanto nos radicais quanto nas terminações. Dessa forma, eles não seguem os modelos fixos da conjugação que integram. 

Exemplo: verbo ouvir 

3. Verbos defectivos

Já os defectivos não apresentam todas as formas verbais, pois não podem ser conjugados em determinados tempos, modos ou pessoas. 

Exemplos: verbos abolir, adequar, colorir, demolir, doer, falir, reaver.

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4. Verbos abundantes

Conforme a classificação dos verbos, os chamados abundantes têm duas formas aceitas pela gramática. Ou seja, podem ser encontrados tanto no particípio regular como no irregular. 

Exemplos:

5. Verbos anômalos

Compondo a classificação dos verbos, os anômalos são os que passam por grandes alterações nos radicais no momento que são conjugados. 

São bons exemplos os verbos ser e ir: 

• Sou, foste, era, fôramos, sereis, seriam, seja.
• Vou, fui, irei, ia, ireis, iriam.

Outras classificações dos verbos

Após ver a principais classificações dos verbos, também é importante saber outras categorias que lhes são atribuídas. São elas:

Verbos impessoais

São os verbos que não têm sujeito e que são geralmente conjugados apenas na 3ª pessoa do singular. Os mais conhecidos são o verbo haver (no sentido de existir) e o verbo fazer (no sentido de tempo decorrido). 

Exemplos:

• Havia muitas pessoas no parque hoje.
• Houve um congestionamento no trânsito pela manhã. 
• Faz uma hora que a internet caiu. 
• Faz 6 meses que não a vejo. 

Além desses dois verbos, também são impessoais os que apresentam fenômenos naturais.

Exemplos: 

• Ventar;
• Amanhecer;
• Anoitecer;
• Chover;
• Chuviscar;
• Escurecer;
• Esquentar;
• Estiar;
• Garoar;
• Nevar;
• Relampejar;
• Saraivar;
• Trovejar.

Vale ressaltar que os verbos que remetem aos fenômenos da natureza também podem ser conjugados no sentido figurado, em contexto literário. 

Exemplo: 

• Amanheci com ótimo senso de humor. 

Verbos unipessoais

Dentro da classificação dos verbos, os unipessoais, mesmo apresentando um sujeito, são verbos cuja conjugação é realizada somente na 3ª pessoa do singular e na 3ª do plural. 

Eles servem para representar as vozes ou ações de animais, tais como: mugir, cacarejar, latir, miar, entre outros. Estando na 3ª pessoa do singular, os verbos se constituem como sujeito representado por uma oração. Nesse caso, são exemplos: ocorrer, convir, custar, acontecer etc.

Exemplos:

• Os cachorros latiram durante toda a noite. 
• Meu gato mia loucamente quando está com fome. 
• Custa fazer todas as atividades na sexta-feira.

Verbos pessoais

Os verbos pessoais também têm sujeito, mas não possuem algumas flexões por razões morfológicas e eufônicas (melodiosas). 

O verbo falir, por exemplo, quando conjugado no presente do indicativo (falo, fales, fale), apresenta formas idênticas ao verbo falar. Isso pode gerar certa confusão na hora da interpretação. Uma dica importante é se atentar ao contexto! 

Já o verbo computar no presente do indicativo (computo, computas, computa), possui uma sonoridade considerada “desagradável” por alguns gramáticos, sendo normalmente substituído por sinônimos durante a formação das frases. 

Exemplo: 

• Eu calculei todas as despesas da casa este mês. (calcular usado no lugar de computar).

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Verbos pronominais

Os verbos pronominais se unem aos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, se) no momento que são conjugados. Esses pronomes estão sempre relacionados ao pronome reto ou à mesma pessoa do sujeito, estabelecendo as seguintes conjugações:

Pronominal reflexiva: a ação remete ao próprio sujeito.

Exemplo:

• Ele penteia-se ou ele se penteia. 

Pronominal recíproca: a ação remete a cada um dos sujeitos, que devem estar no plural. 

Exemplo:

• Eles abraçaram-se ou eles se abraçaram.

Os verbos pronominais ainda são classificados em:

Essenciais: verbos que são usados apenas nas formas pronominais.

Exemplos:

• Abster-se;
• Arrepender-se;
• Dignar-se
• Queixar-se;
• Suicidar-se;
• Zangar-se.

Acidentais: podem ser utilizados tanto na forma pronominal como na simples. 

Exemplos:

• Lembrar/lembrar-se. 
• Sentar/sentar-se. 
• Enganar/enganar-se. 

Verbos auxiliares

Entre a classificação dos verbos, os auxiliares são os que acompanham as formas nominais do verbo principal, apontando o tempo, modo, número ou pessoa da ação. 

São aplicados nos tempos compostos, locuções verbais e voz passiva. 

Exemplos: 

• Estar;
• Ficar.
• Haver;
• Ir;
• Ser;
• Ter.

Verbos principais

Como o nome da classificação já sugere, os principais são aqueles que não precisam de outros verbos para expressar a totalidade da ação verbal. 

Exemplos: 

• Brincar;
• Correr;
• Dançar;
• Estudar;
• Saltar;
• Sorrir. 

Verbos de ligação

Também chamados de copulativos, os verbos de ligação indicam um estado ao ligar uma característica ao sujeito. Portanto, eles não relacionam uma ação efetuada e também não são os núcleos dos predicados.

Exemplos:

• Eu sou feliz. 
• Renato parece animado. 

Verbos significativos 

Por fim, os verbos significativos mostram uma ação. Eles funcionam como núcleos dos predicados verbais e podem ser intransitivos ou transitivos (direto, indireto ou direto e indireto).

Intransitivos: não precisam de objeto direto ou indireto para dar sentido às orações. 

Exemplos: 

• andar;
• chegar.
• morrer;
• nascer; 
• viver;
• voltar.

Transitivos: necessitam de um complemento verbal para ter sentido. 

Exemplos:

• Transitivo direto: causar, fazer, ler, quebrar, querer, ter.
• Transitivo indireto: acreditar, concordar, lembrar, necessitar, obedecer, saber. 
• Transitivo direto e indireto: agradecer, comunicar, dar, emprestar, pagar, perdoar. 

Uma ótima maneira de descobrir a transitividade dos verbos é fazer uma pesquisa em algum dicionário. Ele irá informar como o verbo deve ser utilizado. 

Esperamos que você tenha entendido sobre a classificação dos verbos da língua portuguesa! Para continuar aprendendo mais sobre o assunto, que tal ler o nosso próximo artigo sobre app para estudar?

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