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Consciência negra: o que é e como abordar na redação?

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A herança escravista do Brasil gerou uma série de consequências para a população negra, que, durante muitos anos, não teve acesso a condições básicas de vida. Por conta disso, hoje, precisamos olhar para o passado e investigar a fundo os impactos das políticas adotadas para essa população.

Uma das maneiras de fazer isso é a partir da consciência negra. Se você quer saber mais sobre esse termo e entender como ele pode te auxiliar na produção de uma redação, basta continuar lendo!

O que é o dia da consciência negra?

O dia 20 de novembro, também conhecido como Dia da Consciência Negra, é uma forma de celebrar e lançar luz sobre a luta e a resistência do povo negro no Brasil. 

Ele representa o resultado de uma série de lutas sociais da população negra do Brasil. Nesse sentido, sua história está profundamente atrelada à história das mudanças das relações sociais ao longo dos últimos séculos.

A data de 20 de novembro foi escolhida por fazer referência ao dia da morte de Zumbi dos Palmares, um dos principais personagens históricos que lutou contra a escravidão no Brasil. Foi instituída pela Lei n.º 12.519, de 10 de novembro de 2011. 

Em 2011, o dia entrou para o calendário oficial do Brasil, e desde então, passou a ser feriado em alguns municípios. Desde 2024, a data é feriado nacional, após aprovação do Senado Federal ocorrida em 2023.

Em que consiste?

Chamamos de consciência negra a percepção, adquirida ao longo do tempo, de que existe um povo negro, isto é, um povo com características, cultura e história próprias. 

Embora essa pareça uma afirmação óbvia, ela é, na verdade, resultado de um longo processo de construção de identidade. Afinal, a história do povo negro é muito diferente da história do povo branco, por exemplo — e, para conhecê-la, é fundamental recorrer a fontes diversas.

Em um país como o Brasil, que adotou o sistema escravocrata e ainda carrega marcas da segregação racial de séculos atrás, a consciência negra passa a ser uma forma de resistência. Isso porque ela desconstroi a noção de subalternidade frequentemente associada ao povo negro graças ao nosso passado, ajudando a valorizar a cultura e a importância desse povo.

Como entender melhor o tema?

A consciência negra faz parte de um processo mais longo de percepção e construção de uma identidade. Ela está atrelada ao modo como a sociedade enxergou (e ainda enxerga) o povo negro e aos estereótipos a ele associados. Mais que isso, porém, ela é uma forma de combate e resistência, que propõe um novo modo de ver e pensar a negritude.

Para entender melhor a consciência negra, portanto, é necessário estudar a fundo as violências — físicas, psicológicas, sociais, econômicas etc. — que esse povo atravessou ao longo dos séculos. Essa também é uma excelente maneira de expandir o seu repertório sociocultural.

A seguir, separamos algumas das principais produções culturais sobre consciência negra que podem te ajudar a compreender melhor essa temática. Confira!

Livros sobre consciência negra

Quando pensamos em livros sobre consciência negra, com frequência nos referimos a livros de não-ficção que elaboram questões enfrentadas pelo povo negro. Dentre os principais, citamos:

  • Pele negra, máscaras brancas, de Frantz Fanon: Neste livro, o psiquiatra e filósofo francês faz uma interpretação psicanalítica da questão negra. Sua principal motivação é a desalienação de pessoas negras do complexo de inferioridade a elas imposto desde a infância.
  • Olhares negros: raça e representação, de bell hooks: Na coletânea de ensaios, a educadora e ativista discute formas de observar a negritude. Seu objetivo é causar uma inquietação na maneira como frequentemente falamos sobre raça e representação.
  • Pequeno manual antirracista, de Djamila Ribeiro: a filósofa e acadêmica brasileira trata de temas relacionados a racismo, violência, desejos e afetos. Propõe, assim, uma reflexão para aqueles que desejam examinar sua percepção sobre a descriminação.

Além dos livros de não-ficção, porém, também podemos contar com a leitura de romances ficcionais que apresentam a realidade negra e seus desafios particulares. Por exemplo:

  • O avesso da pele, de Jeferson Tenório;
  • Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie;
  • Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves;
  • A cor púrpura, de Alice Walker;
  • O sol é para todos, de Harper Lee;
  • Olhos d’água, de Conceição Evaristo;
  • Torto arado, de Itamar Vieira Junior.

Filmes sobre consciência negra

A consciência negra também é retratada no audiovisual. Quem gosta de assistir documentários, por exemplo, pode se interessar por: 

  • Memórias do cativeiro (2005): Documentário construído com base no acervo de depoimentos orais com descendentes de escravos. Foi um trabalho realizado pelos pesquisadores da Universidade Federal Fluminense, e baseia-se no livro homônimo, de Ana Lugão Rio e Hebe Mattos. Disponível no YouTube.
  • A 13a emenda (2016): Neste documentário, ativistas e pesquisadores analisam a relação entre a criminalização da população negra nos Estados Unidos e o boom do sistema prisional. 
  • What happened, Miss Simone? (2016): O documentário acompanha a vida da cantora e ativista Nina Simone, considerada uma das artistas mais incompreendidas de todos os tempos.

Para quem, por outro lado, gosta mais de filmes ficcionais, é interessante conferir:

  • Moonlight: Sob a luz do luar (2016): Ganhador do Oscar de Melhor Filme, conta a história de Black, que tenta fugir do caminho da criminalidade e das drogas.
  • Infiltrado na Klan (2018): O filme retrata a história de Ron, um policial negro que consegue se infiltrar na Ku Klux Klan. A partir daí, se torna responsável por sabotar uma série de linchamentos e outros crimes de ódio.
  • Estrelas além do tempo (2016): Durante a Guerra Fria e a segregação racial dos Estados Unidos, uma equipe de cientistas formada por três mulheres negras lidera uma ds maiores operações tecnoloógicas registradas na história americana.
  • Corra! (2017): Neste filme, um fotógrafo negro é convidado a conhecer os pais de sua namorada, uma menina branca. No entanto, ao chegar na luxuosa propriedade, descobre um segredo perturbador.
  • Cidade de Deus (2002): O clássico brasileiro conta a história de Buscapé, um jovem que cresce cercado pela violência da Cidade de Deus. Para evitar o mundo do crime, se torna fotógrafo.
  • Selma: uma luta pela igualdade (2014): Conta a história da luta de Martin Luther King Jr. para garantir o direito ao voto dos negros americanos.
  • Mandela: longo caminho para a liberdade (2013): Neste filme, acompanhamos o percurso do líder sul-africano que lutou pelo fim do Apartheid. 
  • Chico rei (1985): Conta a história de Galanga, rei do Congo, que é aprisionado e mandado ao Brasil como escravo. Depois de comprar sua alforria, ele é o responsável pela criação de uma irmandade para ajudar outros negros a alcançarem a liberdade.
  • Malcolm X (1992): O filme retrata a vida de Malcolm X, um ativista norteamericano que tem o pai assassinado pela Klu Klux Klan. 
  • Pantera Negra (2018): Esta adaptação dos quadrinhos da Marvel conta a história de T’Challa, príncipe de Wakanda. A narrativa e os confrontos do filme são responsáveis por colocar em xeque questões ligadas à raça e à desigualdade social.

Por fim, para quem prefere produções mais curtas, aqui vão algumas séries que também tratam da negritude e da consciência negra:

  • Atlanta (2016);
  • Lovecraft Contry (2020);
  • Pequenos incêndios por toda parte (2020);
  • Cara gente branca (2017).

Ações afirmativas

No Brasil, o processo de reconhecimento e valorização da cultura africana, bem como de outros aspectos da cultura negra, não aconteceu de uma hora para a outra. 

Ao longo dos anos, foram implementadas ações afirmativas e políticas públicas que visavam promover a inclusão e a centralidade de pessoas negras na sociedade. Um exemplo interessante é o Decreto n. 11.784/2023, que reconhece expressões tipicamente negras, como o Hip Hop, como parte da expressão da identidade brasileira. 

Para além de programas e campanhas de valorização, porém, a principal ação afirmativa é, com certeza, a política de cotas.

A Lei de Cotas, sancionada em 2012, é um resultado direto da luta dos movimentos negros e sociais pelo acesso igualitário ao ensino superior. A partir dela, grupos marginalizados racial ou economicamente puderam ingressar nas universidades e, com isso, melhorar a sua qualidade de vida.

Como falar sobre consciência negra na redação?

Para tratar o tema da consciência negra na redação, você deve ter uma boa bagagem sociocultural sobre o assunto. Por isso, o primeiro passo é se aprofundar nos livros e produções audiovisuais que podem contribuir para expandir o seu repertório — como aqueles que citamos neste conteúdo.

O segundo passo é treinar bastante. Lembre-se: a redação deve ser praticada no mínimo duas vezes por semana. E, para te ajudar, criamos uma lista com temas de redação sobre consciência negra. Olha só:

Foto do post: Reprodução/Freepik

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Autor

  • Amanda Tracera

    Mestre em Letras, trabalha com conteúdo digital há 6 anos. É apaixonada por educação e tecnologia e passa o tempo livre com um livro nas mãos.

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