Há 55 anos, no dia 21 de março, 20 mil negros saíram para protestar em Shaperville, África do Sul, contra a Lei do Passe. A lei, que fazia parte do regime do apartheid, obrigava todos os negros a portarem uma caderneta que informava onde eles poderiam ir. O protesto pacífico foi duramente reprimido pela polícia sul-africana, provocou a morte de 69 pessoas e feriu cerca de 180. Após o “Massacre de Shaperville”, o dia 21 de março foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional contra a discriminação racial.
Separamos alguns filmes e documentários que ajudam a entender a temática e a origem do preconceito na sociedade. Vamos ver!
Menino 23: Infâncias perdidas no Brasil (Brasil, 2016)
As investigações do historiador Sidney Aguilar sobre tijolos marcados com a suástica nazista encontrados no interior de São Paulo revelam a história de meninos órfãos e negros, vítimas de um projeto criminoso de eugenia. Durante os anos 1930, cinquenta meninos foram levados de um orfanato no Rio de Janeiro para a fazenda onde os tijolos foram encontrados. Lá, passaram a ser identificados por números e foram submetidos ao trabalho escravo por uma família que fazia parte da elite política e econômica do Brasil. Aloisio Silva, o menino 23, sobreviveu e contou sua história.
Branco sai. Preto fica (Brasil, 2013)
O filme é uma mistura de documentário com ficção científica e tem como tema uma violenta ação policial durante um famoso baile de black music na periferia de Brasília. Quase três décadas depois, Marquim e Shockito relembram aquela noite. O primeiro está numa cadeira de rodas, o segundo usa uma perna mecânica e ainda surge um terceiro que vem do futuro para investigar o acontecido e provar que a culpa é da sociedade repressiva.
Detalhe:O título é uma referência a frase dita por um policial durante a invasão: “Branco sai, preto fica”.
Vista a minha pele (Brasil, 2004)
O vídeo faz uma paródia sobre como o racismo e o preconceito ainda são encontrados nas salas de aula do Brasil, só que invertendo a ordem da história. Nele, negros aparecem como classe dominante e brancos como escravizados e a mídia só apresenta modelos negros como exemplo de beleza.
Escritores da Liberdade (Estados Unidos, 2007)
Baseado em fatos reais, o filme mostra como a professora Erin Grunwell transformou a relação de aprendizagem em uma escola dividida por tribos. Colocando em debate temas como racismo, desigualdade social e exclusão, Erin fez com que os alunos, aos poucos, retomassem a confiança em si mesmos e nos outros.
Agora é hora de escrever a sua redação! ?
O tema da segunda redação do ENEM de 2016 foi: Caminhos para combater o racismo no Brasil. E você também pode treinar com os nossos temas: Racismo no Brasil, como superar esse mal? ou A persistência do racismo na sociedade brasileira.
Bons estudos!