Um bom trabalho e revisão de textos deve ir além de avaliar erros gramaticais. Afinal, um conteúdo bem escrito passa também por linguagem, tom e a capacidade de alcançar um objetivo. Por isso, é papel do revisor saber como analisar se tudo isso foi devidamente cumprido.
A revisão de textos é uma atividade de grande importância e que está diretamente ligada à entrega de conteúdos de qualidade. No entanto, essa é uma função que vai muito além das regras de gramática e o cumprimento da norma culta do idioma. Há muito mais elementos a serem avaliados e que, se considerados, entregarão um texto capaz de atingir o objetivo ao qual se propõe.
Um bom texto é aquele capaz de comunicar uma ideia de maneira concisa a quem está lendo. Além disso, esse leitor precisa estar em contato com um conteúdo que seja de fácil compreensão. Por isso, para cada público, há uma abordagem. Além dessas questões, há fatores ligados à estruturação, o gênero textual, entre uma série de outros pontos.
De modo geral, o que estamos dizendo é que textos de qualidade precisam de mais do que apenas uma gramática correta. Por isso, neste conteúdo você confere quais outras questões precisam ser avaliadas. São elas:
- entenda o gênero textual do artigo;
- pense no público-alvo;
- preste atenção no tom;
- entenda o objetivo do texto;
- certifique-se de que seja culturalmente aceito;
- avalie a formatação do conteúdo;
- avalie a apresentação da argumentação e sua qualidade.
Confira!
1. Entenda o gênero textual do artigo
Há diversos formatos de textos e cada um deles vai apresentar as ideias do autor de uma forma diferente. A escolha do gênero textual é o que garante, além da clareza, a melhor descrição de fatos, argumentos e o que for transmitido, de modo geral. Por isso, há 6 gêneros textuais básicos:
- texto narrativo;
- texto descritivo;
- texto dissertativo expositivo;
- texto dissertativo argumentativo;
- texto explicativo injuntivo;
- texto explicativo prescritivo.
O revisor precisa também entender que cada situação pedirá a escolha de um tipo de gênero. Saber isso é praticamente uma obrigação para quem exerce essa atividade. Um bom exemplo é o Enem, que tem diretrizes bastante sólidas quanto à regência de suas redações. Nesse vestibular, o modelo exigido é o dissertativo argumentativo.
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2. Pense no público-alvo
Quem vai ler o conteúdo que você está revisando agora? Essa pergunta é fundamental e deve estar sempre à frente de todo trabalho de revisão de textos. Isso é importante porque, ainda que o conteúdo esteja bem-escrito, ele pode simplesmente não estar alinhado ao público-alvo.
Nesse caso, fica difícil entender que o texto está bem-escrito, afinal, ele não cumpre seu objetivo principal: comunicar algo a alguém. Se o conteúdo é direcionado para um público infantil, uma linguagem complexa impedirá a compreensão dele. Do mesmo modo, utilizar uma linguagem informal em uma redação do Enem também não fará sentido.
Revisores precisam sempre avaliar o nível de formalidade de acordo com o público-alvo. Além disso, também é fundamental estar atento à escolha de palavras, expressões e termos. Esses elementos, se aplicados corretamente, ajudam a tornar o texto qualificado para o público que ele deseja alcançar.
3. Preste atenção no tom
O trabalho de revisão de textos também deve avaliar o tom escolhido pelo redator. Aqui, é quase o mesmo conceito aplicado na linguagem direcionada a um público-alvo. A diferença é que se faz necessário o entendimento do tom mais apropriado para relatar o que está no texto. Afinal, cada assunto pede um tom, da mesma forma que a formalidade do conteúdo também influencia isso.
Uma redação para o Enem jamais pode ter um tom de sarcasmo ou de humor. Nesse caso, é essencial que a abordagem seja direta, sem muitos recursos complexos de linguagem. A proposta desse tipo de conteúdo é apresentar uma ideia, defendê-la e fechar o pensamento. Nesse trajeto, não é admissível o uso de qualquer tom que não apresente sobriedade e foco no argumento.
No entanto, há muitos outros casos que precisam ser considerados. Um texto publicitário é um bom exemplo de conteúdo que pode ter um tom de voz diferenciado. Nesses casos, é preciso avaliar a proposta do artigo, quem ele vai alcançar e qual é a identidade da marca.
4. Entenda o objetivo do texto
A revisão de textos também precisa considerar qual era o conteúdo daquele conteúdo. Parece confuso, mas isso garante a avaliação da capacidade do redator em alcançar o que foi pedido. Essa é uma análise que precisa ser feita em, praticamente, todo tipo de texto.
Por exemplo, uma redação do Enem tem um enunciado, enquanto um blog post tem uma pauta. Nesses casos, ao ler a solicitação, é possível, de forma implícita ou direta, saber exatamente o que se espera do redator. Dessa maneira, o revisor precisa ter esse entendimento e, em seguida, avaliar se o redator soube redigir o conteúdo de acordo com o objetivo que era esperado.
Há o entendimento de que há cinco possíveis objetivos em um texto. São eles:
- relatar um fato, história ou acontecimento;
- narrar uma história;
- argumentar uma ideia ou conceito;
- expor um conhecimento.
Parte importante da qualidade de um texto passa por alcançar um objetivo, seja relatar um fato, seja argumentar uma ideia, por exemplo. Por isso, é fundamental que a revisão de textos se certifique de que isso foi feito.
5. Certifique-se de que seja culturalmente adequado
Todo texto também precisa estar integrado a um contexto maior do que simplesmente a mensagem que deseja passar. Sua compreensão está ligada à cultura de um lugar, todas as práticas e história daquela comunidade. Isso significa que o conteúdo também precisa estar culturalmente adequado a quem ele é direcionado, ou seja, o público-alvo.
Para que isso seja possível, é preciso ter atenção com as referências utilizadas. Por exemplo, se você está produzindo um conteúdo sobre Marketing para um público dos EUA, não faz sentido utilizar uma referência brasileira. Afinal, são grandes as chances de quem ler simplesmente não conhecer o que você pontuou. Isso prejudica a compreensão do material e, consequentemente, a sua qualidade.
Esse mesmo cuidado deve ser tomado em outros tipos de textos, como redações do Enem. As referências utilizadas e os assuntos citados devem estar culturalmente adequados a esse tipo de conteúdo. Do contrário, o redator não conseguirá fazer com que sua ideia seja compreendida. Logo, o revisor precisa saber identificar quando há problemas de adequação cultural.
6. Avalie a formatação do conteúdo
Uma boa revisão de texto também considera a formatação do conteúdo e como ela impacta o leitor. Em algumas situações, se trata de uma questão estilística exigida, como é o caso das redações do Enem. Há também momentos em que a disposição dos parágrafos precisa respeitar parâmetros tecnológicos, como os conteúdos para a web.
Vale ressaltar que a escaneabilidade é um fator de ranqueamento para que o conteúdo esteja nos primeiros resultados do Google. Portanto, ela não deve ser negligenciada ou isso prejudicará a estratégia de marketing do cliente ou da sua empresa.
Dito isso, há alguns elementos que precisam ser avaliados, especialmente em textos escritos à mão. Neles, é fundamental atentar para os seguintes detalhes de estética e estrutura:
- legibilidade do que é escrito;
- número de linhas (respeito à margem exigida é indispensável);
- margens devem ser respeitadas para não quebrar palavras inadequadamente;
- o recuo do parágrafo deve estar claro e, principalmente, padronizado;
- o conteúdo, se escrito à mão, não pode estar rasurado;
- o tamanho dos parágrafos deve estar padronizado.
Um ponto importante e que o revisor deve entender é que cada tipo de texto terá uma exigência. Sendo assim, é necessário ter flexibilidade ao avaliar a disposição do conteúdo, considerando cada estilo de texto, formato, a proposta entre outros fatores. Um bom revisor é aquele que entende, acima de tudo, o objetivo do artigo com o qual está lidando.
7. Avalie a apresentação da argumentação e sua qualidade
É bastante comum que revisores de texto lidem com textos descritivos argumentativos, afinal, esse é o modelo exigido pelo Enem. Na prática, é um tipo de conteúdo simples, em que o candidato precisa apresentar uma questão, argumentar com uma solução e, então, concluir seu pensamento indicando possíveis resultados. O produto disso é um conteúdo conciso, com uma ideia de início meio e fim bem-estruturada e explícita.
Por isso, é papel do revisor avaliar se essa argumentação foi devidamente apresentada pelo redator. Em alguns casos, a pessoa que escreveu o conteúdo pode até ter um bom argumento em mente, mas não soube passá-la para o papel adequadamente. Nesses casos, não é possível considerar que o texto alcançou o objetivo proposto. É justamente isso que o revisor precisará avaliar.
A melhor maneira de fazer isso é entender exatamente o que se espera do redator. A base para essa compreensão vem, naturalmente, do enunciado da questão da redação, quando falamos de Enem. É a partir dela que se pode visualizar, ao ler o texto, se o problema apresentado pela banca foi devidamente abordado, argumentado e trouxe ideias que façam sentido ao tema.
O trabalho e revisão de textos tem crescido, à medida que é cada vez mais acessível contar com ele. Afinal, qualquer pessoa qualificada pode estar conectada com outras que precisam desses serviços. Por isso, é importante não só ir atrás de demanda de trabalho, mas estar pronto para ela. O revisor é peça-chave na entrega de bons conteúdos e deve ter o rigor necessário para desempenhar bem essa função.
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Este post foi feito pela Comunidade Rock Content, parceira da Imaginie!
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