A evolução da área médica ao longo dos anos proporcionou uma melhora da saúde da população. Dessa forma, algumas das consequências positivas foi o aumento da expectativa de vida e a capacidade de prevenção a situações de epidemia.
Porém, infelizmente, graças a uma série de fatores que iremos listar neste post, muitas doenças que já foram, inclusive, erradicadas estão voltando. Este fato tornou-se, portanto, uma problemática relevante de ser discutida, fazendo com que a pauta fosse considerada como tema da redação (acesse-o AQUI). Por isso, iremos compilar algumas informações sobre o assunto para que você use na redação.
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Doenças reemergentes: entenda o termo
São consideradas reemergentes aquelas doenças já conhecidas há bastante tempo, foram controladas, mas que voltaram a assolar a população.
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Causas do reaparecimento
São inúmeros os fatores que podem fazer com que algumas doenças voltem. Por isso, listamos abaixo alguns deles:
- Clima: as mudanças climáticas, às quais o planeta está sujeito ao longo do tempo, podem influenciar na capacidade de sobrevivência ou mortalidade de um vetor transmissor de doenças.
- Problemas ambientais: degradar o meio ambiente, por exemplo, e desmatar áreas de vegetação faz com que o ser humano entre em contato com agentes biológicos maléficos, consequentemente, sendo contaminados.
- Deslocamento humano (migrações): a democratização do acesso às diversas partes do mundo colabora para que, dessa forma, sejamos suscetíveis a algumas doenças.
- Problemas quanto à vigilância sanitária: no que diz respeito às condições de higiene e alimentação, uma falha neste setor pode fazer com que organismos transmissores de doenças prejudiquem a dinâmica social saudável.
- Ocupação de espaços urbanos sem infraestrutura: centros de convivência não estruturados adequadamente, como em locais onde não há saneamento básico, são lugares que, consequentemente, propiciam à propagação de doenças.
- Desastres ambientais, como secas e inundações: a falta da água, além do acesso a fontes contaminadas são formas de contribuir com a manifestação de doenças.
- Mutações virais e resistência de microorganismos: independente da evolução das áreas médicas, conta-se com os fatores problemáticos. O mais expressivo é que, com o tempo, vírus e microorganismos podem sofrer mutações, tornando-se, dessa forma, mais fortes e resistentes às doenças já erradicadas.
- Serviços de saúde inadequados ou desatualizados: é importante que o sistema de saúde esteja sempre atualizado quanto às pesquisas para prevenção de doenças. Porém, nem sempre isso acontece.
- Irresponsabilidade social (vacinas): as vacinas foram desenvolvidas justamente para impedir a propagação de doenças e, também, para prevenir outras. Entretanto, nem todos cumprem o dever de imunização pessoal e de crianças, corroborando, assim, para a volta de doenças até então erradicadas.
É claro que as consequências são desastrosas e, portanto, prejudicam um equilíbrio antes estabelecido na área da saúde.
Algumas formas de reverter essa problemática:
- Evitar os desequilíbrios biológicos.
- Campanhas de conscientização quanto à importância da vacinação.
- Desenvolvimento de novas vacinas (investimento em pesquisa).
- Cuidados sociais com o meio ambiente.
Informações coletadas sobre doenças reemergentes
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Doenças de Chagas
A doença, que antes só acometia pessoas no meio rural, passou a ser um problema urbano com a migração dos lavradores para as cidades. A transmissão pelo Triatoma infestans está sob controle no país. Porém, o Trypanossoma cruzi, por via oral ocorre, de maneira esporádica, com alimentos contaminados. Microepidemias têm sido relatadas na Amazônia e no Nordeste. Estima-se em 14 milhões o número de infectados na América Latina, com mais de 60 milhões de pessoas sob risco de transmissão em 18 países endêmicos.
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Malária
A introdução de inseticidas e o acesso aos antimaláricos sintéticos eliminaram a doença em vários lugares. Alguns deles foram: Europa, da área mediterrânea da África, dos EUA, Canadá e Rússia, Américas Central, do Sul e nas Antilhas, Índia, Paquistão e sudeste da Ásia, além de áreas do Sudeste, Sul e Nordeste brasileiros. Mas sua incidência voltou a crescer e é a mais alta dos últimos 40 anos. Uma das causas é a resistência dos parasitas aos antimaláricos e dos vetores aos inseticidas. Em 2003, o Brasil tinha 407, 6 mil casos de malária.
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Tuberculose
A Aids coincidiu com o descaso no controle da tuberculose e o abandono ao tratamento. Sendo assim, essas foram condições que propiciaram o surgimento do bacilo multidroga-resistente e favoreceram o surgimento de “novo agente”. A doença acomete um terço da população do mundo, com 9 milhões de casos por ano e 3 milhões de óbitos. A incidência está relacionada à pobreza e à desigualdade social. Além disso, há a questão do gerenciamento incorreto de casos descobertos e não curados e excesso de confiança na vacina do BCG.
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Hantavírus
Detectada nos EUA em 1993, a síndrome pulmonar por hantavírus foi registrada também em outros países, como Brasil, Canadá, Venezuela, Chile e Uruguai, com taxa de letalidade de até 50%. No Brasil, a doença foi diagnosticada em novembro de 1993, no estado de São Paulo. Além disso, houve, também, casos no Sul do país, em Minas Gerais e no Mato Grosso. Desde então, mais de 320 casos já foram registrados.
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Febre amarela
O Brasil tem a maior área endêmica do planeta, porém desde 1942 não havia registro da forma urbana da febre amarela. Em 1955, após 20 anos de campanhas, foi possível eliminar do território nacional o Aedes aegypti, principal transmissor da forma urbana da febre amarela e também da dengue. Em 1976, houve reinfestação, que se propagou por todo o país. Contribuem para o retorno baixa cobertura vacinal, migração rural-urbana e o crescimento das cidades, pois parte da população ainda vive sem saneamento básico.
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Hepatites virais
O vírus da hepatite C infecta 4 milhões de pessoas, com até 10 mil mortes anuais. São 150 mil novos infectados por ano. Estima-se que o vírus da Hepatite B seja responsável por 1 milhão de mortes ao ano. Inclusive, há cerca de 350 milhões portadores crônicos no mundo. Profissionais de saúde e pessoas submetidas à hemodiálise apresentam prevalência maior de contaminação que a população em geral. Além disso, fazem parte desse grupo indivíduos com comportamentos sexuais de risco e usuários de drogas injetáveis que compartilham seringas
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Dengue
É relatada há mais de 200 anos. Na década de 50, a febre hemorrágica da dengue foi descrita, pela primeira vez, nas Filipinas e na Tailândia. Depois da década de 1960, a circulação do vírus intensificou-se nas Américas. A partir de 1963, a circulação dos sorotipos 2 e 3 em vários países foi comprovada. Em 1977, o sorotipo 1 foi introduzido nas Américas. A partir de 1980, foram notificadas as grandes epidemias. Em 2003, no Brasil, apenas Rio Grande do Sul e Santa Catarina não tiveram transmissão autóctone da doença. Este ano, é recorde: 108,4 mil pessoas infectadas apenas nos primeiros meses do ano.
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Leishimaniose
Segundo estimativas da OMS, chegam a 2 milhões os novos casos registrados no mundo a cada ano. Em regiões rurais e de anta, roedores e raposas são os principais hospedeiros da doença; no ambiente urbano, são os cães. O Brasil responde por 90% dos casos da leishmaniose na América Latina. A doença vem se tornando emergente entre os portadores do HIV. Hoje já são 20 estados brasileiros que sofrem com a doença. A incidência chega a 25 mil novos registros por ano.
Agora que você possui um repertório de informações sobre reaparecimento de doenças, é hora de praticar! Depois de produzir o texto, mande para a correção com a IMAGINIE e receba um feedback completo! 🙂
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