Dentro da língua portuguesa, as funções sintáticas são aquelas que recebem um destaque principal. Elas são um campo super fértil, e justamente por isso causam muitas dúvidas aos estudantes e atribuem ao português a fama de uma língua difícil.
Mas não precisa se desesperar, estamos aqui para desmistificar essa fama e mostrar para você como pode ser fácil entender as diferentes funções sintáticas desse nosso idioma.
Neste post, vamos falar mais detalhadamente sobre os tipos de sujeito, já que o sujeito é uma função sintática essencial à oração.
Portanto, fique ligado, siga na leitura e confira tudo sobre esse assunto!
Quais as finalidades das funções sintáticas?
Antes de qualquer coisa vamos mostrar de maneira bastante breve as finalidades das funções sintáticas, elas servem para:
- tornar claras e perceptíveis as relações entre os elementos de uma frase;
- verificar a construção de uma frase, oração ou período;
É interessante também que você saiba o que é uma frase, o que é uma oração e o que é um período, para saber diferenciar um termo do outro.
Frase
A frase é um enunciado com sentido completo, ela se inicia com letra maiúscula e termina com um ponto, que pode ser o final, de exclamação ou interrogação, a depender do sentido que você quer dar.
Oração
A oração é um enunciado que se estrutura em torno de um verbo. É interessante que você entenda que cada verbo indica uma oração diferente, que pode fazer parte uma mesma frase.
Período
Já o período é constituído por uma ou mais orações. Quando o período possui apenas uma oração, é conhecido como simples. Mas se ele possuir duas ou mais orações será conhecido como período composto.
Os períodos simples possuem uma oração absoluta, possuindo um único verbo ou locução verbal.
- Exemplo: “Maria sorriu para João”. Esta frase é um período simples, já que possui apenas um verbo: “sorriu” e portanto apenas uma oração.
Os períodos compostos podem ser por coordenação, subordinação ou ainda mistos, quando contém os dois tipos.
- Exemplo de um período composto por coordenação: “João ama Maria, mas ela não o ama.” Temos neste exemplo dois verbos e duas orações, a oração coordenada “mas ela não o ama” é marcada pela não dependência de sentido da oração anterior.
- Exemplo de um período composto por subordinação: “João, que é muito tímido, ama Maria.” Este é um caso de período composto por subordinação porque as orações “que é muito tímido” depende da oração “João ama Maria” para fazer sentido, não há como entendê-la de maneira independente. Os verbos de cada oração são o “é” e o “ama”.
- Exemplo de um período composto misto: “João, que é muito tímido, ama Maria, mas ela não o ama.” Aqui, há a composição mista, misturando um oração subordinada: “que é muito tímido” e uma oração coordenada: “mas ela não o ama”.
Muito bem, agora que você conhece um pouquinho mais sobre terminologias voltadas às funções sintáticas, vamos entender o que são termos essenciais, já que os tipos de sujeito fazem parte desse grupo.
O que são termos essenciais da oração?
Os termos essenciais são aqueles fundamentais para a oração, ou seja, nunca estarão de fora de uma sentença. Fazem parte desse grupo os tipos de sujeito e os tipos de predicado.
Ainda que em alguns casos, como você verá mais à frente, o sujeito não esteja presente expressivamente na frase, saiba que ele tem um papel fundamental na oração, uma vez que estabelece uma relação direta com o verbo, que por sua vez estabelece uma outra relação com o seu predicado.
Sabendo do que se trata os termos essenciais, vamos ao que de fato viemos tratar: os tipos de sujeito.
Quais são os tipos de sujeito?
De acordo com o gramático Rocha Lima, o sujeito é o ser de quem se diz algo. Para ser mais claro, o sujeito, que pode ser um ser animado ou não, é regido de acordo com o verbo, que diz algo sobre ele. Geralmente, o sujeito é representado pela classe morfológica dos substantivos. Veja um exemplo:
- “João ama Maria.” Aqui, o verbo “ama” está dizendo que o João, sujeito nesta oração, possui um sentimento por “Maria”, que neste caso é apenas um paciente, já que na oração o verbo não diz nada sobre ela.
Os sujeitos podem ser:
Simples
O sujeito será simples quando o seu núcleo se constituir por apenas uma palavra. Vamos a um exemplo para que você entenda melhor:
- “Maria ama seu crush.” Neste caso, “Maria” é o sujeito da oração, já que “ama”, o verbo da oração, indica algo sobre ela: que ela tem sentimentos por seu chuss.
Composto
O sujeito é composto quando o seu núcleo for duas ou mais palavras. Veja um exemplo.
- “Maria e Ana amam a sua amiga Joana.” Neste caso, o núcleo do sujeito é composto por “Maria” e “Ana”. O verbo “amam” diz algo sobre elas, que elas sentem um grande apreço e carinho por sua amiga “Joana”.
Determinado
O sujeito simples e o composto são sujeitos determinados. O que indica se um sujeito é determinado ou não é se ele aparece expressivamente na sentença. Veja um exemplo:
- “Maria, Ana e Joana são estudantes de jornalismo.” Nesta oração, “Maria”, “Ana” e “Joana” são os sujeitos da sentença e são determinados, ou seja, aparecem expressamente na sentença.
Indeterminado
O sujeito indeterminado é aquele que não aparece expressamente na oração. Ele pode ser expresso por três diferentes tipos:
1. Oração com verbo na terceira pessoa do plural
- “Mergulharam naquele lago proibido.”
2. Oração com verbo na terceira pessoa do singular acrescido do pronome “se”
- “Decidiu-se que essa era a atitude adequada.”
3. Oração com o verbo no infinitivo pessoal
- Se beber, não dirija!
Oração sem sujeito
Já as orações sem sujeito são aquelas que indicam fenômenos da natureza, tempo decorrido ou ainda existência ou acontecimento de algo (haver). Veja exemplos:
- “Chove muito durante o verão.”;
- “Faz três horas que comi.”;
- “Há muita gente na praia.”.
Viu só como as funções sintáticas e os tipos de sujeito não são nenhum bicho de sete cabeças? Se você quer saber mais sobre dicas de português, leia nosso artigo sobre complementos nominais, uma outra função sintática super interessante!