A terceira revolução industrial, cujo cerne foi o desenvolvimento de tecnologias de informação e comunicação, redimensionou o papel do homem na sociedade, além de configurar as bases do processo produtivo. Nesse sentido, se por um lado tal conjuntura contribuiu para a aproximação de povos e pessoas, por outro favoreceu o aumento dos níveis de desemprego, o que constitui um grave problema social que urge ser enfrentado. É válido, portanto, analisar as manifestações dessa questão, visando mitigá-la. [1]
Com efeito, desde o final do século XX, em decorrência do advento do neoliberalismo toyotista, a inovação é sempre requisitada. Todavia, isso intensificou também o processo de desemprego estrutural. Isso se dá uma vez que as tecnologias amplamente desenvolvidas substituíram a mão de obra em diversos setores. Um exemplo disso é o impacto causado pela Revolução Verde, que, como consequência da mecanização do campo, houve a [2] diminuição dos níveis de emprego formal. [3]
Paralelo a isso, outro fator que deve ser destacado é a demanda por mão de obra qualificada, uma vez que a manipulação de tecnologias digitais exige esse aspecto. Diante disso, centros de educação, visando a formação técnica e profissional são fundamentais para a inserção no mercado de trabalho. Em contrapartida, o baixo investimento por parte do governo e de empresas privados [4] nesse aspecto favorece a continuidade do problema. [5]
Como consequência dos fatores supracitados, observa-se, dentre outras coisas, a intensificação da desigualdade socioeconômica, uma das graves contradições do mundo globalizado. Além disso, pode-se destacar a flexibilização das leis trabalhistas, uma vez que diversos trabalhadores, com receio do desemprego, se submetem a condições insalubres de trabalho. [5]
Fica claro, portanto, que a Revolução Tecnológica reconfigurou as relações trabalhistas, fazendo-se necessário combater seus aspectos negativos. Sendo assim, cabe aa Receita Federal disponibilizar um maior percentual dos impostos arrecadados para o investimento em instituições de ensino profissionalizantes, visando preparar uma maior parcela da sociedade para o mercado. Concomitantemente a isso, associações público-privadas devem ser realizadas, visando criar novos postos de trabalho e, com isso, mitigando o desemprego. Por fim, ONGs de cunho social devem se mobilizar em meios físicos (praças públicas) e virtuais (redes sociais), visando promover debates no âmbito e pressionar as instituições para que as medidas citadas sejam efetivadas. Procedendo-se assim, os aspectos positivos da globalização serão destacados e duas contradições atenuadas. [6]
Competência I – Demonstrar domínio da norma culta:
[4] Faltou concordância: “privadas”.
Competência II – Compreender a Proposta:
[1] Ótima introdução!
Competência III – Selecionar e relacionar argumentos:
[3] Bom uso dos conhecimentos de mundo.
[5] Boa argumentação.
Competência IV – Conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação:
[2] “…levou à…” seria o correto neste caso.
Competência V – Elaborar a proposta de solução para o problema:
[6] Boa conclusão: proposta plausível e detalhada.
Nota: 920
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