O Dia Internacional da Mulher é comemorado mundialmente no dia 8 de março. Oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 1970, a data é um grande marco para a importância da mulher na sociedade, e também relembra a longa história de lutas pelos seus direitos.
É muito comum que neste dia, as pessoas façam homenagens às mulheres com flores, presentes e mensagens, por exemplo. Em alguns lugares, também ocorrem conferências e eventos dedicados aos temas da igualdade de gênero, a persistência da violência contra a mulher, as conquistas sociais, o feminismo, etc.
Para te ajudar a saber mais sobre o assunto e como abordá-lo em sua redação, vamos apresentar questões pertinentes sobre essa data tão importante e simbólica.
Por que 8 de março é o Dia Internacional das Mulheres?
Para buscar essa resposta, precisamos voltar alguns anos na história, além de ter em mente que origem do Dia Internacional da Mulher apresenta algumas controvérsias.
Alguns associam o surgimento da data com a greve das mulheres que trabalhavam em Nova York, na Triangle Shirtwaist Company, após um incêndio na fábrica que ocorreu em 1911 e deixou 130 vítimas.
Outros dizem que seu surgimento se deu na Revolução Russa, em 1917, a qual esteve marcada por diversas manifestações e reivindicações por parte das mulheres operárias. Elas percorreram as ruas no dia 8 de março de 1917, reivindicando melhores condições de trabalho e de vida, ao mesmo tempo que se manifestavam contra as ações do Czar Nicolau II.
Esse evento ficou conhecido como “Pão e Paz”, pois as manifestantes também lutavam contra a fome e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Outro episódio fala sobre um mal entendido feito por jornais alemães e franceses em torno do dia 8 de março de 1857, quando supostamente teria acontecido uma greve, que na verdade não aconteceu.
Existem diferentes versões sobre a origem da data e interessa observar que ambos os movimentos tinham o objetivo de fazer um alerta para as diversas questões trabalhistas enfrentadas pelas mulheres, como as longas jornadas de trabalho e os baixos salários.
Dessa forma, é possível dizer que essas lutas focaram na busca por melhores condições de vida e trabalho, além do direito ao voto.
Logo, a criação de um dia dedicado à luta das mulheres passou por várias manifestações que ocorreram nos Estados Unidos e na Europa no final do século XIX e início do século XX.
O que falar sobre o dia 8 de março?
Pode ser interessante fazer a contextualização histórica, conforme apresentamos na seção anterior. Além disso, você também consegue encaixar a data e dados relacionados no tema da redação que você irá escrever.
Afinal, conforme vimos ao longo da história, no início, essa data remetia à reivindicação por igualdade salarial. Porém, atualmente, ela abarca ainda mais pautas, apresentando questões como violência, machismo e feminicídio.
Primeiramente, é importante entender que a determinação do 8 de março traz a mobilização feminina como um fator fundamental para o combate às desigualdades de gênero.
Dessa forma, o Dia Internacional da Mulher não é um dia voltado apenas para homenagear as mulheres, mas, principalmente, para fazer uma reflexão sobre como a sociedade trata as mulheres.
Isso se faz relevante pois diversos estudos comprovam que as mulheres ainda sofrem com a desigualdade no mercado de trabalho em relação aos homens.
Para se ter ideia da realidade brasileira, as mulheres ganham 19,4% a menos que os homens, em média. Essa desigualdade atinge 25,2% em cargos de chefia, como gerência e diretoria. Os dados são do 1º Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, que foi divulgado em 2024 pelos Ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e das Mulheres.
Além disso, ainda no Brasil, a cada dez mulheres, três já foram vítimas de violência doméstica. A informação foi publicada em 2023 na 10ª Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher, conduzida a partir de uma parceria entre o Instituto DataSenado e o Observatório da Mulher contra a Violência (OMV).
Todas essas estatísticas são preocupantes e mostram como o preconceito e a desigualdade de gênero prejudicam as mulheres na sociedade.
Por isso, a data de 8 de março representa, além de tudo, um momento para combater o silenciamento que ajuda a normalizar essa desigualdade e serve para repensar nossas atitudes e tentar construir uma sociedade com mais igualdade de gênero e respeito.
Lista de grandes mulheres que marcaram a história
A conquista das mulheres pela igualdade nos conta histórias chocantes e inspiradoras.
Confira a lista com o nome de várias mulheres cujas atitudes e ações mudaram o rumo do mundo e foram fundamentais para o empoderamento do sexo feminino, mostrando que ele não é nada frágil.
Mulheres brasileiras
- Ana Cristina Cesar – poeta e tradutora;
- Ana Maria Machado – escritora;
- Ana Néri – enfermeira;
- Anita Garibaldi – líder militar;
- Anita Malfatti – pintora;
- Bertha Lutz, botânica – advogada e militante feminista;
- Carlota Pereira de Queirós – médica e deputada;
- Carmen Miranda – cantora e atriz;
- Cecília Meireles – escritora;
- Chica da Silva – escrava alforriada;
- Chiquinha Gonzaga, compositora – pianista e maestrina;
- Chiquinha Gonzaga – compositora, pianista e maestrina;
- Clarice Lispector – escritora;
- Cora Coralina – escritora;
- Cristina Ortiz – pianista;
- Daiane dos Santos – ginasta;
- Dilma Rousseff – 36ª Presidente do Brasil;
- Elis Regina – cantora;
- Enedina Alves Marques – engenheira civil;
- Irmã Dulce – religiosa católica;
- Lygia Fagundes Telles – escritora;
- Maria da Penha – farmacêutica bioquímica que tem seu nome representado na Lei nº 11.340 contra a violência doméstica;
- Maria Esther Bueno – tenista;
- Maria Quitéria – militar;
- Maria Tomásia Figueira Lima – abolicionista;
- Narcisa Amália de Campos – jornalista e poeta;
- Rachel de Queiroz – escritora;
- Raimunda Putani Yawnawá – pajé Yawnawá;
- Ruth Rocha – escritora;
- Tarsila do Amaral – pintora;
- Tarsila do Amaral – pintora e desenhista;
- Zilda Arns – fundadora da Pastoral da Criança e muitas outras mais.
Mulheres de outras partes do mundo
- Amelia Earhart – 1ª mulher a voar o Oceano Atlântico;
- Anne Fisher – 1ª mãe a ir para o espaço;
- Annette Kellerman – presa por indecência após usar roupa de banho em público;
- Annie Lumpkins – ativista pelo voto feminino nos EUA;
- Ellen O’Neal – uma das primeiras skatistas profissionais;
- Elspeth Beard – tentou ser a 1ª inglesa a fazer a volta ao mundo de moto;
- Erika – húngara de 15 anos que lutou contra a União Soviética;
- Gertrude Ederle – 1ª mulher a cruzar o Canal da Mancha a nado;
- Jeanne Manford – apoiou seu filho gay durante passeatas pelos direitos dos homossexuais;
- Kathrine Switzer – 1ª mulher a correr a Maratona de Boston, mesmo após tentar ser impedida pelos organizadores;
- Leola N. King – 1ª guarda de trânsito dos EUA;
- Marina Ginesta – militante comunista e participante da Guerra Civil Espanhola;
- Maud Wagner – 1ª tatuadora dos Estados Unidos;
- Sabiha Gökçen – turca que se tornou a 1ª pilota de caça;
- Sarla Thakral – 1ª indiana a conquistar uma licença para pilotar e muitas outras.
Temas de redação relacionados
Agora que você já conhece a história do Dia Internacional da Mulher, que tal treinar enfoques sobre o tema na prática? Confira algumas propostas relacionadas e sugestões de abordagens:
O espaço das mulheres no cenário político
A representatividade feminina no cenário político é uma das pautas do movimento feminista atualmente. Neste tema, é possível relembrar o Dia Internacional da Mulher como um grande marco na conquista do direito ao voto no século XIX.
A importância do movimento feminista na luta pelos direitos das mulheres
É inegável que a data é um grande marco simbólico no movimento feminista, que mesmo passando por diversas vertentes e mudanças de pautas ao longo das décadas (e dos países), mantém sua inspiração na história e na potência do Dia Internacional da Mulher.
A mulher brasileira no mercado de trabalho
As lutas que originaram o Dia Internacional da Mulher têm grande relação com a pauta. No evento que ficou conhecido como “Pão e Paz”, em 8 de março de 1917, milhares de ativistas russas reivindicaram melhores condições de trabalho.
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