A regra geral de concordância verbal nos ensina que o sujeito deve concordar com o verbo na oração. Analisando bem a situação, quem “dita” a flexão do verbo é o sujeito. Mas, como em tantos aspectos da gramática, há exceções a essa regra, e elas se aplicam ao verbo HAVER. Entenda o porquê:
O verbo haver pode significar existir ou acontecer, além de exprimir o sentido de tempo. É, portanto, impessoal, o que quer dizer que o verbo não flexiona, portanto, ficará no singular.
Veja o exemplo:
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No feriado, haverá casas vazias. (haver com sentido de existir)
A tendência de quem desconhece a regra é escrever haverão, o que é incorreto. “Casas vazias” não é o sujeito da oração, mas sim o objeto direto.
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Não houve acidentes na estrada. (haver com sentido de acontecer)
“Acidentes” = objeto direto.
Assim também acontece com o verbo haver em locuções verbais. Tanto ele quanto o verbo auxiliar ficarão no singular:
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“No feriado, vai haver casas vazias.”
Então, em quais casos o verbo haver irá flexionar para o plural?
Quando ele tiver valor de “entender-se” com alguém, “ajustar contas”:
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Eles se haverão com o chefe mais tarde.
Ou quando ele for o verbo auxiliar de um verbo pessoal:
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Todas aquelas pessoas haviam comprado o mesmo aparelho.
O verbo haver é muito usado no discurso formal e deve ser empregado de forma correta. Portanto, estude bem as regras! Até a próxima e bons estudos! 😉
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