Aprendemos desde sempre que a conjunção “e” estabelece o sentido de adição entre as orações. Talvez por isso tenhamos tanta dúvida se ela deve ou não ser precedida por vírgula. Afinal, pode? Entenda de forma breve e objetiva neste post. Vírgula antes do “e”, saiba usar:
Em uma relação simples de adição entre termos de uma oração, o “e” aparece assim:
Exemplo: “Ele irá prestar vestibular para a UFMG e UFRJ no ano que vem.”
Pode, também, finalizar uma série de termos enumerados:
Exemplo: “Comprou cadeiras, mesas, sombrinhas e tapetes.”
Agora veja o caso a seguir:
“Marta viajou ontem, e Carlos saiu para caminhar hoje de manhã.”
● Aqui, há duas ações diferentes e com sujeitos diferentes: Marta praticou a ação de viajar, enquanto Carlos praticou a ação de caminhar. Nesse caso, é recomendável o uso da vírgula antes da conjunção “e”, por motivos de clareza.
Agora vejamos outro caso:
“Marta viajou ontem e se hospedou no hotel mais caro.”
Aqui, há duas ações: viajar e se hospedar. Mas o sujeito de ambas as ações é o mesmo: Marta. Portanto, não há motivo para usar vírgula antes da conjunção.
- Um outro caso é quando o valor da conjunção “e” é contraposição de ideias, ou seja, ela se torna adversativa.
Exemplo: “Tinha dois carros, e ia para o trabalho de ônibus.”
O “e” assume a mesma função do mas, porém, entretanto. Pressupõe-se que quem tem dois carros use um deles para ir ao trabalho, correto? Pela quebra da lógica da ideia, usa-se a conjunção adversativa, que neste caso pode ser o “e”.
Como a vírgula antecede obrigatoriamente as conjunções adversativas, assim também deve ocorrer com o “e”.
- Por último, usa-se a vírgula antes do “e” quando pretende-se evitar a ambiguidade. Veja exemplos:
“As faixas coloridas foram compradas para as meninas, e os meninos vão ganhar as listradas em preto e branco.”
Basta analisar atentamente se cabe ou não o uso da vírgula antes da conjunção e não errar mais! Veja mais dicas de português como essas clicando AQUI.
Bons estudos e até a próxima! 😉