No dia 11 de agosto, comemora-se nacionalmente o dia do estudante. A data, instituída em 1927, marca a comemoração de cem anos da fundação das duas primeiras faculdades do Brasil: a Faculdade de Direito de Olinda, em Pernambuco, e a Faculdade de Direito do Largo do São Francisco, em São Paulo.
Com o passar do tempo, porém, o dia do estudante também adquiriu novos significados. Em um país como o Brasil, onde a educação formal ainda é a principal ferramenta para a ascensão social e econômica, ele é um lembrete da importância dos estudos e do que eles podem oferecer.
Para entender melhor por que essa data deve ser comemorada e conhecer alguns dados sobre a educação no Brasil e o perfil dos nossos estudantes, basta continuar lendo!
Por que comemorar o dia do estudante?
O dia do estudante é uma forma de valorizar a importância dos alunos e dos estudos na nossa sociedade. Não só ele é um reflexo de uma mudança que transformou a história do Brasil, a data funciona como um lembrete dos impactos positivos que a educação pode ter nas nossas vidas.
Além disso, a data comemorativa reconhece a educação como um direito fundamental, garantido pela Constituição Brasileira. Nesse sentido, é um incentivo aos estudos e ao aprimoramento formal, e entende que a educação é, também, uma ferramenta para a nossa liberdade individual.
Qual é o perfil dos estudantes brasileiros?
Os dados mais recentes do Estudo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, nas instituições de ensino superior do Brasil, o perfil estudantil é formado por pessoas:
- do sexo feminino;
- de raça branca;
- com idade entre 19 e 24 anos;
- que estudam em instituições privadas;
- que optam pelo turno da noite;
- que fizeram o ensino médio em escola pública;
- que ainda moram com os pais;
- que também trabalham, para complementar a renda da família.
Por que conhecer o perfil dos estudantes brasileiros?
Os dados concretos sobre o perfil dos estudantes são importantes para que possamos compreender e analisar criticamente o Brasil dos dias atuais. Por exemplo: se, por um lado, a presença majoritária de mulheres nas instituições de ensino superior pode significar um avanço na conquista de direitos das mulheres e uma mentalidade mais progressista, ela também representa um público masculino que está precisando entrar no mercado de trabalho mais cedo — o que não deixa de ser um efeito do machismo na sociedade.
Da mesma forma, a opção pelas instituições privadas e pelo turno da noite, bem como a necessidade de conciliar os estudos com uma fonte de renda, também são um reflexo da nossa realidade econômica. Cada vez mais, os jovens precisam ingressar no mercado de trabalho — mas como fazer isso sem se dedicar aos estudos? Esse malabarismo pode prejudicar a qualidade de vida desses estudantes, além de implicar numa piora da sua saúde mental e reforçar a informalização do trabalho.
Por fim, a presença majoritária de pessoas da raça branca também pode ser um alerta para repensarmos a diversidade e inclusão no ensino superior. O Mapa do Ensino Superior no Brasil mostra um aumento de alunos pardos, negros e indígenas nas universidades, mas é preciso refletir se esses números dizem respeito apenas ao ingresso dos estudantes. Quantos deles concluem o curso? Quantos deles precisam abandonar graças à desigualdade social?
Qual é a importância dos estudos para o mercado de trabalho?
Durante os últimos anos, popularizou-se a noção de que os diplomas tradicionais perderam espaço no mercado de trabalho para outros tipos de formação, mais rápidas e adaptadas à vida moderna.
Por um lado, é verdade: de acordo com a Forbes, uma formação tradicional não é mais um pré-requisito para alguns empregadores, e a tendência é que cada vez menos pessoas queiram se tornar estudantes. A grande questão, porém, é que esses dados dizem respeito ao cenário internacional.
No Brasil, a história é muito diferente.
Você deve ter ouvido falar que o número de pessoas com ensino superior completo está menor — mas isso é um reflexo da informalização do trabalho, que oferece empregos de baixa qualificação, com salários também menores. Por consequência, os estudantes que concluíram sua formação são “deixados de lado”, afinal não há interesse dos empregadores de arcar com o seu custo.
Os dados do índice ABMES/Symplicity de Empregabilidade 2023 (IASE) mostrou, por outro lado, que cerca de 75% dos egressos do ensino superior conseguem um emprego em até um ano. Além disso, mais de 83% atuam na sua área de formação. Mas o mais importante é que candidatos com formação completa também costumam ter salários mais altos, ocupar cargos mais importantes e, portanto, ter uma melhor qualidade de vida.
Ou seja: embora os países desenvolvidos já vivam uma realidade em que as instituições de ensino superior perderam o protagonismo, o mesmo não se aplica ao Brasil. Aqui, sobretudo para a população de renda mais baixa, os estudos formais e o acesso à educação ainda são a melhor forma de melhorar de vida.
Agora que você já sabe mais sobre o dia do estudante e a sua importância, que tal continuar estudando você também?
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Foto do post: MD Duran/Unsplash