O conceito de alienação parental já era utilizado pelo psiquiatra alemão Richard Gardner na década de 1980. Para ele, trata-se de um processo que consiste em programar uma criança para que odeie um de seus genitores sem justificativa. No caso, a criança é induzida a dar sua própria contribuição na campanha para desmoralizar o genitor alienado.
De acordo com a advogada Edwirges Rodrigues, professora de direito de família na Unesp e membro do IBDFAM, a lei 13.431/2017, em vigor desde 2018, considera os atos de alienação parental como violência psicológica e assegura ao genitor alienado o direito de pleitear medidas protetivas contra o autor da violência.
A alienação parental acarreta riscos para a saúde psíquica e emocional de crianças e adolescentes. Por isso, podemos caracterizá-la como uma forma de abuso.
O desafio #vem1000 de hoje é sobre o tema “Os perigos da alienação parental”. Continue a leitura deste artigo e veja um exemplo de redação pronta para melhorar seus textos!
Exemplo de redação sobre o tema: Os perigos da alienação parental
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) dispõe sobre a proteção integral e a garantia dos direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes. Nesse sentido, é dever da família assegurar a efetivação desses direitos, dentre eles, o direito à convivência familiar saudável. [10] Todavia, essa legislação não é cumprida no Brasil, uma vez que a alienação parental torna-se cada vez mais recorrente na nação. Em verdade, a alienação parental é perigosa, principalmente ao desenvolvimento dos filhos, dado que prejudica o vínculo com os genitores e acarreta problemas psicológicos. [1]
Nessa perspectiva, a série “Friends” relata o divórcio entre Ross e Carol [6], o qual [11] ele tem receio da ex esposa tentar excluí-lo da vida do filho devido à separação e ao relacionamento com outra pessoa, entretanto, esse cenário não ocorre e eles mantêm uma relação saudável. Fora da ficção, contrariamente a essa lógica, no Brasil, o vínculo das crianças ou dos adolescentes com um dos genitores após o fim do casamento torna-se improvável [7] em decorrência da alienação parental. Com efeito, o filho influenciado negativamente contra o outro responsável pode apresentar sentimentos constantes de raiva e se recusar a ter qualquer comunicação com ele, prejudicando a relação deles. Sob esse viés, pode-se inferir ser inaceitável que essa negligência familiar dos ex-cônjuges se perpetue, visto que a alienação parental ameaça o convívio saudável entre pais e filhos. [2]
Outrossim [3], o documentário “A morte inventada” [8] retrata histórias de pessoas que sofreram com a alienação parental na infância, levando-as a acreditar em versões negativas do outro genitor e ocasionando traumas aos indivíduos. De forma análoga, no Brasil, essa situação se assemelha ao cotidiano dos infantes, podendo ser agravada, tendo em vista que uma grande parcela destes apresenta distúrbios de natureza psicológica, tais como depressão e ansiedade. Sob essa ótica, esse cenário é agravado, já que há um deficiente acompanhamento psicológico às vítimas dessa violência. Diante disso, depreende-se ser inadmissível que as crianças e os adolescentes continuem desenvolvendo problemas psicológicos e que estes sejam agravados pela falta apoio necessária. [4]
Dessarte [9], cabe ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, junto à mídia (TV e redes sociais), promover uma campanha publicitária acerca dos perigos da alienação parental na sociedade, por intermédio de especialistas da área, com o fito de conscientizar os genitores e mitigar a ocorrência dessa questão. Concomitantemente, o Ministério da Educação deve instigar o Ministério da Justiça a promover acompanhamento psicológico e psicopedagógico nas escolas às crianças e aos adolescentes vítimas da alienação parental, por meio de parcerias com clínicas privadas, a fim de atenuar os traumas oriundos dessa problemática e assegurar os direitos previstos no ECA. [5]
Comentários sobre a correção da redação
Veja os comentários do corretor sobre a redação.
Competência I: demonstrar domínio da norma culta
- [10] Seu texto apresentou precisão vocabular e obedeceu às regras gramaticais. Parabéns! O domínio da norma culta será fundamental para construção de sua nota no exame do ENEM.
- [11] Atenção ao uso dos pronomes relativos! Aqui, seu uso foi incorreto.
Competência II: compreender a proposta
- [1] Muito bem! Explicitou logo na introdução a tese a ser defendida.
- [2] Parabéns! Aqui você confirmou sua tese. Não se esqueça de fazer isto em todos os parágrafos.
- [4] O fato de ter confirmado a tese mostra que você possui domínio sobre seu projeto de texto. Sempre faça isto em todos os parágrafos.
Competência III: selecionar e relacionar argumentos
- [6] Parabéns pela citação, ela enriqueceu seu texto!
- [7] Você, aqui, fez o que chamamos de generalização. Você não pode afirmar algo por todos.
- [8] Parabéns pela citação, ela enriqueceu seu texto!
Competência IV: conhecer os mecanismos linguísticos para a construção da argumentação
- [3] Não houve inadequação no uso de conectivos, nem repetição de palavras, o que contribuiu para a leitura fluida e agradável da redação. Muito bem!
- [9] Não houve inadequação no uso de conectivos, nem repetição de palavras, o que contribuiu para a leitura fluida e agradável da redação. Muito bem!
Competência V: elaborar a proposta de intervenção para o problema
- [5] Excelente! Você resolveu os problemas apresentados na argumentação e, ainda, compreendeu muito bem o que é necessário conter na proposta de intervenção.
Nota
1000
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