Certamente, você já ouviu falar em discurso direto e indireto, certo?
Com essa animação toda, acredito que você já devia estar esperando por esse conteúdo. Afinal, o discurso direto e indireto pode cair em seus vestibulares de diversas maneiras.
Ainda que esse tema não seja nenhum bicho de sete cabeças, pode ser que ele cause algumas dúvidas em você, o que é supernormal.
E é por isso que neste post vamos te mostrar tudo sobre o discurso direto e indireto. Assim, se questões com essa temática caírem em sua prova de português você conseguirá mandar super bem! Então, bora conferir este conteúdo?
O que é discurso direto e indireto?
O discurso direto e indireto está intimamente ligado ao texto narrativo. Isso porque a versatilidade do discurso é uma das principais características de um texto narrativo.
Portanto, de modo contextualizado, é em textos narrativos que você irá encontrar discursos diretos, indiretos e ainda os discursos indiretos livres.
Antes de te mostrar o conceito do discurso direto e indireto, além do indireto livre, vamos te contar um pouquinho sobre o que é o texto narrativo, um gênero textual que pode sim ser pedido em seu vestibular.
Texto Narrativo
O texto narrativo é aquele que conta uma história, por meio de uma sequência de fatos.
Essa história é feita por personagens e uma trama bem elaborada, isso significa que esse texto precisa ter um início, os desdobramentos do desenvolvimento e ainda um desfecho.
A história elaborada nesses textos é contada por um narrador e seu objetivo é informar, causar reflexão e entreter o leitor.
O conceito do texto narrativo não é algo muito difícil de se entender. Mas conhecer as suas características é realmente importante para mandar bem, caso este texto caia em suas provas de vestibular.
Portanto, conheça a seguir os principais elementos desse tipo textual.
Quais elementos compõem o texto narrativo?
Os elementos que compõem um texto narrativo são 6:
- narrador;
- enredo;
- tempo;
- espaço;
- personagens;
- discurso.
Cada um desses compõe o texto narrativo e possui individualidades que devem ser estudadas e levadas em consideração quando você estiver analisando e escrevendo um texto narrativo.
Mas para nós o que interessa agora é o discurso. Portanto, confira a seguir as definições do discurso direto e indireto e também do indireto livre.
Discurso direto
O discurso direto é aquele em que o narrador (que pode ser onisciente ou personagem) reproduz as falas de outro personagem, separando-as das suas. Para isso, o narrador utilizará marcas de pontuação, que podem ser: dois pontos, aspas ou travessão de diálogo, marcas que ajudam a identificar quem está falando.
Isso significa, em outras palavras, que é o próprio personagem que fala dentro da história. Veja um exemplo:
“Maria encontrou sua melhor amiga por acaso e disse:
– Oi, amiga! Que saudade, precisava tanto te ver.
– Oi, amiga, eu também queria muito ver você!
Respondeu sua amiga.”
Discurso indireto
O discurso indireto ocorre quando o narrador da história diz ou escreve o que outro personagem disse. Portanto, o narrador utiliza suas próprias palavras para transmitir a ou as falas de um ou demais personagens.
Esse tipo de discurso será sempre feito na 3ª pessoa. Outra característica marcante desse tipo de discurso é que são utilizados verbos de elocução e conjunções que separam a fala do narrador das falas dos personagens.
Veja um exemplo para entender melhor:
- “Maria que estava preocupada e precisando se encontrar com alguém de confiança, avistou por acaso sua melhor amiga e logo a cumprimentou. A amiga retribuiu o carinho e disse que também queria vê-la fazia algum tempo.”
Discurso indireto livre
O discurso indireto livre acontece quando o narrador é onisciente e sua “voz” se mistura à “voz” do personagem. Observe um exemplo para entender melhor:
- “Em dia qualquer em que precisa de alguém de confiança, Maria encontra sua melhor amiga por acaso. Oi, amiga! Que saudade, precisava tanto te ver. Logo, um alívio tomou seu coração. Oi, amiga, eu também queria muito ver você! E então as duas conversaram por horas a fio.”
O discurso direto e indireto e o indireto livre são mais comuns de serem vistos de modo contextualizado, ou seja, dentro de textos narrativos.
Mas, pode ser que o Enem ou qualquer outro vestibular exija que você identifique diferentes discursos em uma questão de múltipla-escolha ou ainda que você transforme um discurso direto em indireto em alguma questão aberta.
Portanto, é necessário reconhecer nas orações as partículas gramaticais, como tempos verbais, pronomes, adjetivos, advérbios ou mesmo sinais de pontuação, que vão indicar quando o discurso é direto, indireto ou indireto livre.
Veja alguns exemplos para entender melhor o que estamos querendo dizer na prática:
Discurso direto | Discurso indireto |
Eu não bebo | Ele disse que não bebe |
Eu perdi a hora | Ela disse que perdera a hora; Ela disse que havia perdido a hora |
Façam silêncio! (vocês) | Que (eles) façam silêncio! |
Vou comer bolo essa tarde | Ele disse que comeria bolo naquela tarde |
Perceba que os verbos ganham diferentes flexões quando passam de um tipo de discurso para outro.
E aí, curtiu conhecer melhor o discurso direto e indireto e saber como eles podem cair em suas provas de vestibular e no Enem? Esperamos que sim e que todas as informações dadas neste post sejam de grande valia para você! Aproveite para ler o nosso artigo sobre texto dissertativo-argumentativo, um tipo textual que adora cair em processos seletivos que dão acesso ao Ensino Superior!