Já falamos muitas vezes sobre a importância e o peso que a prova de redação tem, não é mesmo? Ela determina 50% de chance de o candidato entrar na Universidade, por isso a necessidade de tanta dedicação.
Mas o que você precisa saber para conquistar a tão sonhada nota 1000?
Não existe fórmula mágica para uma redação nota 1000. O que o estudante precisa é de dedicação. E redação é prática e informação. Quanto mais você escrever mais bem preparado você ficará. E quanto mais leitura, mais informação. E, consequentemente, melhores serão seus argumentos.
O tema de redação do ENEM de 2015 foi A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira. Veja um exemplo de boa redação e pratique também!
Igualdade constitucional
Romantismo. Esse é o nome da escola literária responsável por retratar o sexo feminino de maneira frágil e submissa aos homens. Hoje, o Brasil segue preceitos mais liberais do que os daquela época, porém, a mulher continua sendo alvo de violência física e psicológica. Embora diversos avanços tenham sido conquistados nessa área nas últimas décadas, a violência contra a mulher persiste e configura um grave problema para a sociedade brasileira.
Em uma primeira análise, percebe-se a existência de leis com o objetivo de reduzir as agressões contra o sexo feminino. A Lei do Feminicídio, por exemplo, garante uma punição maior para aqueles que cometerem assassinato de gênero. Essa foi uma importante conquista do movimento feminista nos últimos anos, corrente que segue a linha de raciocínio de Adélia Prado, ou seja, de que a mulher deve carregar bandeira e lutar por seus direitos. Assim, com maior proteção, o sexo feminino se torna mais ativo na sociedade.
Entretanto, uma legislação mais rigorosa não é o suficiente para alterar, por si só, hábitos culturais que remetem a uma sociedade patriarcal. Tal afirmação pode ser comprovada ao analisar dados divulgados pelo Mapa da Violência. De acordo com a pesquisa realizada, o número de homicídios do sexo feminino cresceu cerca de 17,2% na última década, mesmo com a Lei Maria da Penha em vigor em parte do período. Logo, é notório que leis nesse sentido são positivas, mas insuficientes quanto à redução real e prática da violência.
É fundamental pontuar, ainda, que a desigualdade econômica entre homens e mulheres é um dos fatores principais para a persistência da violência contra o sexo feminino. Segundo um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas, a maioria das mulheres que exercem o mesmo trabalho que os homens ganham cerca de 24% menos. Por conseguinte, pela dependência financeira, muitas delas não acabam denunciando a agressão de seus parceiros, o que contribui para a ausência de uma punição adequada para eles.
Torna-se evidente, portanto, que a violência contra a mulher ainda é grande no Brasil. Para que isso mude, o governo deve aumentar a pena para qualquer tipo de violência, tornando esse crime inafiançável. Ademais, a sociedade civil precisa pressionar o Legislativo para aprovação da lei que equipara os salários entre os sexos, por meio de petições, abaixo-assinados e manifestações. Afinal, todos são iguais perante a lei, como diz a Constituição.
Bons estudos!